terça-feira, 29 de novembro de 2016

A Sereia - mais uma de minhas criações

Esta foi uma das minhas primeiras criações artísticas...
E graças a uma grande amiga, que aliás a dei de presente, foi quem me incentivou a tomar tal iniciativa de pintar outras imagens.
Claro mais toda a inspiração de que tenho a meu dispor...
Eis "A Sereia" com ajuda do meu pequeno príncipe Micael...


Por: Ana Paula L.

Vênus - uma das expressões do amor verdadeiro

Aprendi com as artes a conter o sofrimento e dor que a vida me causou.
E foi no ápice da dor e sofrimento que encontrei a essência do maior sentimento...a arte de pintar.
Eis minha Vênus...entre tantas outras figuras.Como expressão do amor maior:
Com minha assinatura: Vênus por Ana Paula L.


sábado, 19 de novembro de 2016

Dúvida de como devemos escrever: a pipa ou o pipa?




A palavra "pipa" é substantivo feminino ou masculino?
Os dicionários dizem que "pipa" é palavra feminina: a pipa. 
Quanto a "o pipa", é provável que tenha ocorrido aí aquilo que se chama de contaminação, de cruzamento. 
Como "pipa", "quadrado" e "papagaio", por exemplo, são sinônimos, e "quadrado" e "papagaio" são palavras masculinas, pode ter se dado um cruzamento, uma troca de gênero entre os substantivos. 
De qualquer maneira, é bom lembrar que os dicionários não abonam isso e registram "pipa" como palavra feminina: a pipa.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Mais curiosidades da língua portuguesa: existe plural de sol?



Sim: Sóis. 
Sol é o nome (substantivo próprio) da estrela no centro do nosso sistema solar. 
Por analogia, podemos chamar de sóis (substantivo comum).

O plural da palavra pôr do sol é pores do sol. 
Foi o mais lindo pôr do sol que eu já vi. 
Foram os mais lindos pores do sol que eu já vi. 
Na língua portuguesa existem dois números gramaticais: o singular e o plural. O singular se refere a só um ser e o plural se refere a dois ou mais seres. 
A principal regra de formação do plural é acrescentar s à palavra no singular, ou seja: menina/meninas, casaco/casacos, mãe/mães,…Esta regra diz respeito, principalmente, aos substantivos simples terminados em vogal. 
Relativamente aos substantivos compostos, que são formados por mais do que um radical, existem várias regras para a formação do plural. Pode ser feito pela flexão dos dois elementos que formam a palavra, apenas pela flexão do primeiro elemento que forma a palavra, apenas pela flexão do segundo elemento que forma a palavra ou pela não flexão dos elementos, se mantendo invariável. 
No caso da palavra pôr do sol, a palavra pôr não é considerada um verbo porque se encontrar substantivada, sendo assim, a formação do plural da palavra pôr do sol obedece à regra de formação das palavras compostas unidas pela preposição de onde apenas a primeira palavra vai para o plural. 

Exemplos: pôr do sol/pores do sol; pé de moleque/pés de moleque; pão de ló/pães de ló; ...




Análise textual da obra Alice no País das maravilhas


Narrador onisciente (mesmo sendo sujeito do discurso, apresenta o ponto de vista de uma ou de várias personagens, no momento presente.) = 3ª pessoa - a figura do narrador  pode ser considerado o senhor da narrativa. ou seja, ele tem o poder de revelar e de ocultar, participar do conflito ou apenas o apresenta de modo discreto ou então marcando seu ponto de vista. 
O narrador emprega com frequência o discurso indireto livre e, por meio desse recurso de linguagem, apresenta ideias e sentimentos das personagens. 
Ele é transmissor e intérprete da visão de mundo da protagonista Alice.
Pode-se classificar este narrador como autoritário por centralizar as informações, mas também é solidário com um leitor mais iniciante, porque tende a mostrar aspectos que talvez não fossem percebidos. 

Ocorre no tempo psicológico - na obra Alice no País das Maravilhas– tudo se passa na mente dela enquanto estava com o Chapeleiro Maluco.
Há uma desordem das coisas, fazendo com que a cronologia seja inexistente. 

Tempo: a análise também pode ser feita através de vestimentas da época (principalmente), tornando-o  de certa maneira "atemporal" ou ainda passado.

Espaço: como o "País das Maravilhas" é um lugar fantástico, há muitas paisagens que não são comuns aos leitores (mesmo hoje); descrevê-las com zelo é um ponto importante a fim de criar tal imagem na mente. Mas tais caracterizações não se estendem muito, são suficientes durante a história.

Personagens: Embora o foco principal seja a menina, todos as outras personagens (coelho, Rainha Má, etc) são complexas na medida para o leitor infantil (daquela época, pelo menos) e representam alguns aspectos do cotidiano, sendo que a fantasia em torno deles também é fundamental para manter a atenção das crianças nas personagens.

domingo, 13 de novembro de 2016

Dica da língua portuguesa: Quando usar retificar e ratificar?


Estas duas palavras existem na língua portuguesa, e estão corretas. Porém, seus significados são diferentes.
A palavra RATIFICAR é sinônimo de confirmar 
A palavra RETIFICAR é sinônimo de corrigir.

domingo, 6 de novembro de 2016

Qual plural eu uso? - mais uma dica da língua portuguesa

A palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras:
                 répteis ou reptis (pouco usada).



À medida em que ou à medida que?




O correto é à medida que, indicando a proporção em que ocorre o que se declara na outra oração: À medida que as tropas avançavam, a cidade se esvaziava. Usa-se também a variante na medida em que, com mescla dos sentidos proporcional e causal: É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem. Neste caso, o que se afirma na oração principal (é preciso cumprir as leis) é referido a uma causa (porque elas existem) e a uma proporção (à medida que elas existem). Depende do contexto a determinação do sentido predominante.

Importante: Embora seja próprio de meios intelectuais, especialmente universitários, é inadequado o emprego de na medida em que (ou variantes) em sentido puramente causal, sem qualquer idéia de proporção: Na medida em que não afirmei tal coisa, não me sinto responsável pelas consequências. Para a idéia de causa, deve-se usar porque e equivalentes (já que, uma vez que...).

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Crônica sobre o dia de finados - por Ana Paula L.



Olhe bem...é seu nome que amanhã estará ali naquela etiqueta, e daí você perceberá que não é melhor do que ninguém, com toda a sua beleza e dinheiro, seus diplomas de mestrado e doutorado.
O que fica é apenas o que você fez de bom para humanidade, e esta humanidade começa pela pessoas com quem convive todos os dias, num simples "tenha um bom dia...", "bom trabalho" ou "eu te amo..."
E o dia que o homem tiver consciência disso, seus propósitos e objetivos mudarão e o mundo será de fato um mundo melhor.
Deus é aquilo de bom que temos dentro de nós.
Pessoas, religiões não passam de produtos criados pelo próprio homem para manipular.
Somos o que somos, e para fazer valer nossa existência, temos sim que fazer o nosso melhor, todos os dias.
Ainda que você se decepcione e sofra, pois o que vai importar no final será o que você deixou de amor e não o ódio, sofrimento que você deixou como marca na vida das pessoas...
Mas falando a respeito do dia 2 de novembro, o que não entendo é o uso da palavra "comemorado", já que comemora-se situações alegres,felizes, e pelo menos ao meu ver, quando se perde um ente querido, o sentimento é o oposto da alegria...
As tradições variam muito de acordo com o país. 
No México, por exemplo, as celebrações duram 3 dias, as ruas são enfeitadas e são organizados vários desfiles.
Em inglês, o Dia de Finados é conhecido como All Souls' Day, cuja tradução literal é "Dia de Todas as Almas".
No dia 02 de novembro, na maior parte dos países ocidentais, ocorre um dos mais importantes rituais religiosos da tradição cristã católica, isto é, o Dia de Finados. 
Bom mas a respeito do sentido etnológico da palavra finado, trata-se de um adjetivo que significa algo ou alguém que finou, ou seja, chegou ao fim, que está morto. 
Por esse motivo, o Dia de Finados também é conhecido como Dia dos Mortos.
Agora não é verdade que este dia, mantido no Brasil como feriado nacional elenca a ideia de consumismo impulsionado pela morte?
O que me deixa ainda mais entristecida é que em pleno século XXI ainda deixemo-nos levar por imposições da instituição católica da época da Idade Média!
Somos produto de uma sociedade criada, portanto não passamos de farsa ou falha da criação divina, pois de tempos em tempos parece que precisamos nos escorar em alguém da alta hierarquia para submetermo-nos aos seus mandos e desmandos.
Não deveríamos nos lembrar dos nossos mortos, todos os dias depois que eles se foram?
Precisamos mesmo de um dia em especial, que por um acaso, nem fora o dia que ele e/ou ela morrera para lembrar ou saudá-los?
A resposta é óbvia e clara: não, pois aqueles que amamos e que se foram, são lembrados todos os dias de nossas vidas e reafirmo, jamais comemoraria a dor de uma perda tão profunda.
"O Dia de Finados é comemorado por ordem da Igreja Católica desde o século XI, que no século XIII determinou que esse dia deveria ser celebrado no dia 2 de Novembro."
Diferentes religiões ou denominações da mesma religião abordam este dia de forma diferente, não sendo um dia celebrado pelas pessoas de todas as religiões.
Dizem por aí que o objetivo principal é de relembrar a memória dos mortos, dos entes queridos que já se foram, bem como (para os católicos) rezar pela alma deles, mas na verdade sabemos que não passa de mais um data para arrecadarem o dinheiro das pessoas através da compra de flores, velas entre outros adornos que irão apodrecer e com certeza, não serão de fato ser recebidos pelos mortos...eis a parte mais estranha, não é mesmo?
Pois é, ser humano é mesmo um "bicho racional ignorante estranho", pode ser traduzido na linguagem científica, claro, de acordo com minha licença poética rsrsrs, como "homus sapiens inteligentis ignorantus".
E de novo, de acordo com a doutrina da Igreja Católica, a alma da maioria dos mortos está no Purgatório passando por um processo de purificação. Por essa razão, a alma necessita de orações dos vivos para que intercedam a Deus pelo sofrimento que as aflige. 
Valha-me Deus! Ainda existem pessoas "homus sapiens inteligentis ignorantus" que acreditam nessa farsa criada por um bando de loucos para amendrontar os fieis e fazê-los seguir aquilo que queriam...mas minha gente, isso era na Idade Média!!! Estamos no século XXI!!! Até quando esta cegueira será movida pela fé? E o pior, fé numa utopia?
Percebe-se que trata-se de um pensamento que transformou-se em feriado nacional, mas que atropela abruptamente as demais culturas e religiões, impondo o catolicismo e toda sua pompa clerical.
Falando um pouco da história o Dia de Finados era conhecido na Idade Média como “Dia de todas as Almas”, dia esse que sucedia o “Dia de todos os Santos” (comemorado no dia 1º de novembro).
Desde a época do cristianismo primitivo, que se desenvolveu sob as ruínas do Império Romano, que os cristãos rezavam por seus mortos, em especial pelos mártires, onde estes eram frequentemente enterrados: nas catacumbas subterrâneas da cidade de Roma. O costume de rezar pelos mortos foi sendo introduzido paulatinamente na liturgia (conjunto de rituais que são executados ao longo do ano) da Igreja Católica. O principal responsável pela instituição de uma data específica dedicada à alma dos mortos foi o monge beneditino Odilo (ou Odilon) de Cluny.
Odilo (962-1049) tornou-se abade de Cluny, em Borgonha, na França, uma das principais abadias construídas no mundo medieval e responsável por importantes reformas no clero no período da Baixa Idade Média. Em 02 de novembro de 998, Odilo instituiu aos membros de sua abadia e a todos aqueles que seguiam a Ordem Beneditina a obrigatoriedade de se rezar pelos mortos. A partir do século XII, essa data popularizou-se em todo o mundo cristão medieval como o Dia de Finados, e não apenas no meio clerical.
Apesar do processo de secularização e laicização que o mundo ocidental tem passado desde a entrada da Modernidade, o dia 02 de novembro ainda é identificado como sendo um dia específico para se meditar e rezar pelos mortos. Milhões de pessoas cumprem o ritual de ir até os cemitérios levar flores para depositar nas lápides em memória dos que se foram; outras levam também velas e cumprem os rituais mais tradicionais, como orações, cânticos etc.
(Por Ana Paula L. em 02/11/2016)

domingo, 30 de outubro de 2016

Sobre a palestra médica-espiritual Dr. Lair Ribeiro: ritual de refazimento da águia"



Hoje ao assistir uma palestra médica com Dr. Lair Ribeiro, ouvi algo sobre a história das águias, que achei no mínimo interessante.
Cheguei em casa e pesquisei sobre o que tinha ouvido, inclusive minha fonte de pesquisa:http://diariodebiologia.com/2013/09/o-ritual-de-renovacao-da-aguia-e-verdade/
Bom, a história conta que após viverem 40 anos, as águias se recolhem na sua solidão, arrancando todas as suas penas e quebrando o seu bico. 
Depois de cometerem tal atrocidade consigo mesmas, renascem com novas penas e novo bico e começam tudo de novo!
Ocorre que a águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie, chegando a viver setenta anos. 
Daí começa a história que iniciei no texto...
Para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão, isso porque nesta idade ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as suas presas, o bico alongado e pontiagudo se curva, dificultando a caça, apontando contra o peito, estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar se torna difícil. 
Então a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação, que irá durar aproximadamente 150 dias. 
Este processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico contra a pedra até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. Só então, após cinco meses, sai para o famoso voo de renovação, para viver por mais 30 anos.”
O tal “ritual de renascimento da águia” é uma linda história de motivação e perseverança, mas não é verdade! 
As águias não são as aves que tem maior longevidade e não podem viver por 70 anos. Não existe nenhum registro científico de águias que pudessem chegar a essa idade. 
O quanto uma águia vai viver depende muito da sua espécie e das condições do ambiente, mas uma águia selvagem geralmente vive entre 20 e 30 anos. As águias também não podem tomar decisões, elas vivem por instinto jamais poderiam decidir entre morrer ou fazer um ritual de renovação das estruturas do corpo.
As águias não podem perder o bico e as garras a menos que sofram um processo traumático. Quando elas são vistas “bicando” pedras estão fazendo isso para manter estas estruturas afiadas e no tamanho certo. O bico e garras se tornam cada vez mais fortes com o passar do tempo, pois são compostos por camadas de queratina que são sobrepostas constantemente para suprir o desgaste natural. Além disso, ela não suportaria ficar sem comer por vários dias até que um bico novo cresça, ficaria desnutrida e morreria.
Assim como todas as aves, trocam suas penas ao longo da vida. Arrancar todas as penas do corpo propositalmente resultaria em um sangramento doloroso, pois a base das penas é irrigada com sangue e isso poderia inclusive danificar o folículo e prejudicar o surgimento de outra pena. Uma pena perdida fora do tempo demora pelo menos 1 ano para nascer.
Mas apesar de ter sido usada no intuito de motivação, valeu muito a pena tê-la ouvido, pois senti-me como uma águia, já que estou perto da idade delas...
Estou também na mesma situação: isolamento, solidão...enquanto arranco minhas penas, tiro meu bico e minhas unhas...para renascer e tomar um novo rumo na vida.
Espero que ainda que trate-se de uma lenda, sirva como incentivo para muitos que como eu, tenha sido enganado pelas ilusões da vida, levantem a cabeça e continuem em frente, na certeza de que o mundo devolve aquilo que fazemos, isso é fato e o que nos alenta.


(Pour Ana Paula)

sábado, 29 de outubro de 2016

Enquanto isso...


Enquanto isso... 
Carros vão e vem.
E em cada vida ali dentro, uma história, um refém,
Um sorriso, uma lágrima,
Alegria, tristeza.
Enquanto isso... 
Crianças correm livres com seus pais e mães "delivery",
Olhando e deixando suas vidas de lado sucumbirem,
E soterrados de culpa, sorrirem
Maquiados de mentiras, comprarem um futuro de morte.
Caem, machucam-se e choram de dor, pobres filhos da vida.
Outras riem e choram de felicidade, ilusória, momentânea.
Enquanto isso... 
Hospitais lotados de tudo;
Alegria do nascimento entre lágrimas de agradecimento,
Tristeza da morte entre as lágrimas de lamento.
Enquanto isso... 
Dentro dos apartamentos, solidão,
Nas casas assobradadas, a maquiagem, sorriso, ilusão.
Enquanto isso... 
O trabalho, o dinheiro e as contas para pagar.
Em outros lados, o desemprego, a falta de dinheiro
E ainda mais contas a pagar, então o desespero, o suicídio,
Chega o Natal, a desilusão, a dor, a morte.
Enquanto isso...
A enganação, a traição, o egoísmo,
E poucos os espíritos sofridos, enfraquecidos por tanto mal externo,
Sofrendo por não se adaptarem ao redor; ser humano, sociedade, morte de novo.
Enquanto isso o sol brilha mas o vento sopra gélido
Na alma daqueles que são puros de alma e coração.
Enquanto isso... 
Eu aqui, converso com minha sombra, única confidente e confiável.
E você, sorrindo, feliz, numa vida escondida atrás de uma falsa felicidade
Mantém íntegro, Cabelo arrumado com gel, ser humano que és, pura maldade.
Enquanto isso... 
Morri, 
Você vive.
E é por isso, e só por isso,..
Que enquanto isso, ainda estou aqui.
(Por: Ana Paula L em 29/10/2016)



quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A morte verdadeira - 11/10/2016


Durante anos de sua vida, ela buscou uma explicação para o enorme vazio que lhe assombrava.
Mas foi aos trinta e seis anos que conseguira sanar a escuridão que tinha dentro de si.
Conhecera enfim, a vida no seu sentido máximo. 
Aprendera a duras penas que errava, mesmo pensando acertar, e que não era perfeita, ao contrário; tinha muitos defeitos.
Uma noite, experimentou no seu mais profundo sentido, a maculação verdadeira do amor, sendo que, no momento, tentara encontrar explicações, mas não encontrou, apenas deixou sua alma flutuar, enquanto era sucumbida por algo mais forte do que jamais pensara que pudesse  existir.
Depois vieram as críticas, que no princípio magoaram-na, mas na sequência, contrariando seus modos, fizeram-na crescer, melhorar em nome de agradar seu rei maior.
A simplicidade, o cotidiano, nunca coisas simples do dia a dia lhes foram tão esperados e doces, ainda que nas condições que lhe eram oferecidas; sempre um terço, ou o que sobrava...e de repente, mais nada lhe restara.
O que não entendia foi o que acontecera na verdade: a mesma pessoa que lhe trouxera a vida, pudera ter lhe dado também a morte?
Sim estava morta. E já não conseguia mais enxergar o quanto sua alma perdida, que vagava solitária por entre o nada, e que lhe foi deixada em desespero a espera de uma fresta de luz, estava de fato morta. 
Restava-lhe somente lembranças, que visualizava ao longo dos terríveis dias da semana, cruéis finais de semana que passavam lentamente apunhalando-a em cada carro que circulava no trânsito do viaduto, mas que honra ainda tinha poder de camarote, ao lado da cadeira vazia de uma fria e cinzenta varanda observar o rio cheio de tristeza, saudades e dor.
As lágrimas diurnas, noturnas, um sufocamento dela, ainda a faz ia sentir o cheiro do sabonete dele no seu travesseiro. 
Tamanha a dor da ingratidão, indiferença e desamor.
Não podia entender a provocação advinda de alguém que só fizera o bem e amara no inteiro teor. Por quê? Ia perdendo a crença no homem, em Deus. Deus? Que Deus? Onde estaria que não podia ouvir os gritos de saudades pelo nome dele e a dor que transpassava a alma de alguém bom de coração...Cadê Deus?
Até seria entendível, alguém que você tivesse outrora magoado querer te ferir, mas ao contrário?
Pensava mesmo, que se com toda doação e devoção como ela fizera por amor, e tão somente, não conseguira alcançar o coração do seu rei, nada mais poderia fazer sentido, nada mais.
O que teria sentido afinal, sem seu grande amor?
Restava-lhe continuar a caminhada, desiludida das pessoas e dessa vastidão de mentiras, falsas promessas.
Mas com a certeza única: de que, após ter experimentado o sabor mais amargo da vida e da morte, conhecera o verdadeiro amor, e este mesmo amor que outrora a fez renascer, assassinou-a impiedosamente, dando-lhe como presente a morte verdadeira.

(Pour Ana Paula L.em 11/10/2016)




sábado, 8 de outubro de 2016

Definição do amor - reflexões


Estava ministrando minhas aulas normalmente, como sempre o faço; de forma planejada, mas de uma maneira a torná-la prazerosa e agradável a todos, quando eis que surge a pergunta vinda de uma aluna:
"Professora você sabe me dizer o que é o amor?"
Respondi naturalmente e de forma simples: 
O amor não tem definição, ele simplesmente é sentido.
A pergunta que teve como consequência minha resposta, surtiu um efeito nos alunos que eu não esperava, abrindo um "leque" de discussões sobre esta palavra, que é tão falada, mas tão pouco sentida.
Certa vez, alguém me disse: 'Um e um é igual a um. 
Puxa...guardei para sempre na minha caixa de memórias, pois esta frase caberia perfeitamente dentro do que podemos sentir, e denominamos, amor.
Faz parte deste sentimento então, tal matemática irracional que diz que um e um é igual a um.
Mas oras, quem racional, usaria de fato tal cálculo, no mínimo enfadonho?
Diria que somente os descalculados, saberiam sentir tal insanidade.
Nem mesmo o dono da frase, outrora, pudera conseguir concretizar a tal soma, já que abandonar um dos componentes da ideia do mínimo múltiplo comum. 
Mas causara de fato, a máxima divisora, fazendo com que outrem, aprendesse tamanha irracionalidade.
E não é senão a verdadeira racionalidade do amor esta irracionalidade de cálculo? Esta irracionalidade de sensações?
Infelizmente, amar é para poucos,  fortes, insanos, irracionais...e geralmente os solitários é que amam verdadeiramente. 

(Por Ana Paula Lacalendola)

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Análise do bem e do mal na obra: Grande Sertão Veredas

ANÁLISE DO BEM E DO MAL NA OBRA LITERÁRIA - GRANDE SERTÃO: VEREDAS
Home > Educação e Pedagogia > Artigos > Temas para sala de aula > Análise do bem e do mal na obra literária - Grande Sertão: Veredas

O bem e o mal na obra Grande Sertão: Veredas
O bem e o mal na obra Grande Sertão: Veredas
O principal alvo de análise na obra de Guimarães Rosa envereda-se por caminhos que nos levam muitas vezes a crer que o bem é o mal e o mal é o bem.

E quando nos questionamos a respeito deste enveredamento de sentimentos no decorrer da história, pensamos que talvez não tenha sido mero acaso o autor ter intitulado a história de “Grande Sertão: Veredas”.

Antes de adentrarmos no tema principal de nossa pesquisa, gostaríamos de falar um pouco mais sobre alguns aspectos desta grande obra brasileira.

A linguagem utilizada na obra é de uma originalidade singular e os padrões de escrita são diferenciados e tornam a leitura mais difícil.

Os gêneros literários são complicados de serem encontrados, pois além de ser uma obra longa está disposta sem a ordem disposta em capítulos que servem para ordenar, e neste caso para identificar o tempo por exemplo, o que pode ser feito é separar alguns fatos mais importantes, marcantes no enredo.

Ocorre um diálogo entre o personagem Riobaldo e o interlocutor não manifestado diretamente de forma que só é possível a identificação pelos comentários do próprio Riobaldo.

Ao olharmos para este diálogo na obra cabe citar a seguinte fala de Backthin: “O romance caracteriza-se pela consciência do dialogismo, pelo trabalho sistemático com o jogo de vozes simultâneas num mesmo enunciado.”

Podemos considerar o texto de Guimarães Rosa anti-aristotélico por tratar-se de uma descrição variada de situações as quais o sertanejo expressa uma ignorância da realidade, além de ser um local paupérrimo que é o sertão, tratando de uma deformação presente no Brasil.

E mais uma vez cabe citar uma fala do autor russo Backthin: “A poética de Aristóteles, bem como as outras, apesar de todas as diferenças e nuances expressam as mesmas forças centrípetas da vida social, linguística e ideológica, servem a mesma tarefa de centralização e unificação das línguas européias”.

Para cada tempo, cultura e espaço defende-se uma determinada ideologia e que a intenção sempre consiste a mesma que é manter o seu poder sobre os outros.

Esta obra tem uma característica polissêmica de muita importância, pois é a partir deste ponto que buscamos os vários sentidos e significados que podem vir a ser encontrados e com isso tomarmos nossas próprias conclusões.

Artigo por Ana Paula Lacalendola - segunda-feira, 17 de junho de 2013.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.

COLUNISTA

domingo, 11 de setembro de 2016

Reflexão sobre a cura é o amor



A cura tem início quando o paciente se ama e passa a amar o seu próximo.
Processo profundo de evolução do espírito.
A cura não não se restringe só em tomar o remédio, mas também depende do amor.
Na verdade a cura começa quando nós estamos nos amando e a partir disso passamos a amar nosso próximo.
A saúde depende da atividade de células e órgãos. No entanto, no campo da Psicossomática; as células e órgão são muito afetados pelos processos da mente (pensamentos, emoções) a ponto de os cientistas afirmarem que não há nenhum sentimento que não seja compartilhado pelas células do organismo.
Quando cultiva-se a coragem, otimismo, isso tem impacto fundamental na reconstrução das nossas células.
Se você está depressivo, apático, triste, automaticamente isso repercute no seu físico, adoentando-o.
(Pour Ana Paula L.)





Literatura - Por Almeida Garrett: Inferno de Amar


INFERNO DE AMAR
Este inferno de amar — como eu amo! —
Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida — e que a vida destrói —
Como é que se veio a ater,
Quando — ai quando se há de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que antes vivi,
Era um sonho talvez... — foi um sonho —
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? — Não sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
(Almeida Garrett)

sábado, 16 de julho de 2016

Dicas para estudos de Literatura para quem vai prestar vestibular - 2016



Romantismo: Manuel Antônio de Almeida, José de Alencar e Almeida Garrett

Para Augusta Aparecida Barbosa, professora de literatura do cursinho do XI, além de ler os livros pedidos pelos vestibulares, pode ser interessante que o aluno conheça outras obras dos autores solicitados.

"A Fuvest e a Unicamp não vão fazer perguntas fora dos livros, mas é bom que ele tenha lido outras obras do autor como referência", diz. "Do José de Alencar, por exemplo, é pedido Til, mas o aluno pode conhecer Senhora, Iracema". 

Os romances desse período tentavam atender aos anseios da burguesia de aparecer nos romances. "A burguesia quer estar nos romances e para isso tenta resgatar os heróis medievais e a religiosidade. Há muito sentimentalismo e nacionalismo também", comenta Augusta.

 Realismo: Eça de Queirós e Machado de Assis

Período associado ao cientificismo do final do século 19. "Essa é a época que a ciência ganha certo peso, e os artistas vão querer se posicionar diante da sociedade como se fossem cientistas, observando, apontando defeitos e propondo soluções", diz a professora do XI. 

Modernismo: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira,Fernando Pessoa, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector e Guimarães Rosa

O aluno deve entender que o modernismo surge em um momento de entreguerras. "Os artistas vão mostrar esse mundo que está se rompendo, se esfacelando. Propõem, então, uma estrutura estética diferente. O poema em verso agora em versos livres, formato de triângulo, de espiral", conta Augusta. "O modernista tem tanta liberdade que pode até retomar os versos em redondilha". 


quinta-feira, 31 de março de 2016

Um sonho que se sonha a dois se torna realidade


Os sonhos convertem-se na realidade da ação.
Da ação surge de novo o sonho.
E essa interdependência produz a forma mais elevada de viver.
Durante muito tempo de nossas vidas pensamos que nunca iremos conquistar os nossos sonhos, e mantemos com este pensamento um certo pessimismo platônico.
Isso faz com que nos afastemos do objetivo que temos, e a energia que é puramente emanada pela nossa força pensamento torna nosso intento impossível.
Mas quando mantemos a luz e sobretudo uma positividade concentrada diretamente naquilo que almejamos, acionamos a tecla do "eu posso se eu quiser".
Neste momento da ação, este sonho torna-se realidade.
E quem é responsável por realizar este sonho? Nós mesmos.

(por Ana Paula Lacalendola)