Deliciem-se e deixem aflorar suas tristeza para fora decifradas em lágrimas, sentir-se-ão mais leves.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Dica de vídeo para filosofar - Embers traduzindo Cinzas
Deliciem-se e deixem aflorar suas tristeza para fora decifradas em lágrimas, sentir-se-ão mais leves.
Homem e natureza - carros e solução - non ducor, duco
A cidade de SP tem em seu brasão a seguinte frase: non ducor, duco e quer dizer, não sou comandado, eu comando - esta frase deveria representar um orgulho para nós paulistanos, na data de 1917, vendo como a cidade que mais cresce no mundo, no entanto, hoje tornou-se efêmero a motivação e seguindo o que um prefeito de nome Figueiredo Ferraz disse há mais de 30(trinta) anos que " São Paulo precisa parar... " e que por isso fora demitido em 1973.
Na concepção tradicional o verbo latino " duco " de onde vem as palavras duque, doge e no caso do fascismo duce, ou seja, uma concepção de poder e do desenvolvimento econômico que atualmente estão colocando nosso mundo em ruínas.
Existe uma filosofia referente este otimismo de crescimento ininterrupto e outra filosofia mesmo que opõe este tipo de ilusão de crescimento e poder indiscriminados
Uma cidade de súditos é fraca, uma cidade de cidadão é mais forte.
O condutor é quem guia o carro, o poderoso guia homens, o cidadão usual conduz veículos e o carro é o emblema do nosso desenvolvimento econômico.
Juscelino Kubitscheck trouxe o desenvolvimento para cidade, no entanto com a produção de veículos que muliplicaram os empregos, esgotaram a natureza sem dó.
Precisamos urgente de um novo pacto com a natureza...lógico que a natureza não tem voz jurídica e portanto não há como assinar acordos, mas cabe a nós estabelecermos uma nova relação com ela.
Não pode haver mais expansões ilimitadas, as enchentes de Santa Catarina, congestionamentos monstruosos em São Paulo, devem deixar às clara que maior parte das viagens urbanas não podem mais ser feitas de carro.
Houve uma inversão referente o carro e o homem, que de senhor passou a escravo.
Sem querer retomou uma demonstração do filósofo Hegel, conhecida como dialética do senhor e do escravo, e quer dizer que o senhor manda no escravo, mas este senhor precisa muito mais dos trabalhos do escravo do que o escravo precisa dele, e aí está a chave secreta do mando tradicional, de quem manda parece mandar, mas no fundo depende de quem lhe parece obedecer, e por que não mudar este conceito de mandar e de guiar, afinal?
Precisamos de uma vez por todas de uma nova relação com a natureza, bem como o ar que respiramos e coloquemos fim à filosofia de Descartes e Francis Bacon que era de tornarmo-nos donos, senhores da natureza.
Pour Anna: Devemos nos colocar em " pé de igualdade " com a natureza, não querermos mandar nela.
Isso porque dependemos dela muito mais do que ela de nós, e o que temos feito há muito tempo é esquecermos deste fator e exterminamos aos pouco o próprio ar que respiramos.
Não sou demagoga à ponto de dizer que não devemos mais andar de carros por aí, aliás os veículos hoje senhores dos homens é quem mandam, inclusive em mim...rs
Mas de qualquer forma o problema já ultrapassou a questão automobilística e tornou-se uma questão estrutural econômica, política e principalmente consensual, ou melhor precisamos que os empregadores ou empresas, melhor dizendo usem o bom senso e párem de pensar só em dinheiro; se os ditos empresários montassem as empresas em locais que houvessem pessoas que residissem próximas do trabalho, por exemplo, consequentemente nao tirariam os seus autos das garagens fazendo os percurssos curtos à pé ou de bicicleta, o que fariam bem para si própria pois estariam se exercitando e para a natureza também, que não estaria engolindo fumaça solta pelos escapamentos dos veículos automotores.
Já que o homem não consegue fazer nada sem obter retorno de alguma forma seguem as vantagens para todos:
Personagem homem(empresa/empresário) - estaria empregando funcionários mais satisfeitos que não teriam que depender de conduções " mega " lotadas e tampouco se estressariam no trânsito atras do volante de seus veículos, desta forma consequentemente produziriam mais e dariam portanto mais lucro aos seus " chefes ". Mais produção, mais dinheiro e de bem com a natureza verde e natureza homem.
Personagem homem(funcionário/empregado) - indo ao trabalho caminhando ao ar livre ou bicicleta, sem trânsitos caóticos ou poluição dos veículos, além de fazerem bem à saúde física evitando doenças como obesidade e osteosporose, trabalhariam com mais energia e boa vontade, gastariam menos dinheiro com condução ou combustível, melhorando inclusive o relacionamento patrão x empregado, homem x homem e homem x natureza, e podendo com isso guardar mais dinheiro para conseguir também um dia ser o empresário.
Personagem carro - lindos e austeros senhores, enfim, ainda utilizados como "mau necessário, no entanto em situações de idas ao mercado ou hospitais
Personagem natureza - totalmente em comunhão com o homem por não destrui-la dando-nos frutos de sua existência grandiosa e única.
Neste inter-relacionamento de natureza versus natureza (homem x natureza x natureza-homem), basta apenas bom senso e vontade de inovar, temos por obrigação respeitarmos o planeta que vivemos, pois só assim seremos respeitados (catástrofes ocorridas).
Se tivermos esta consciência, certamente deixaremos de lado a idéia de Descarte e Bacon, não seremos mais os " donos, chefes da natureza e nem tampouco, ela o será. Pelo contrário o bom relacionamento homem x natureza se fará em trabalhos de troca - preservamos a vida, desta forma não a perdemos para morte, comprendre-vous? D'accord?
Bissoux vert á tout le monde!
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