terça-feira, 13 de novembro de 2012

Formosa

Poesia do dia de hoje:




Toda a noite eu deito e não consigo adormecer
A luz se apaga e em um quarto escuro eu continuo a te ver
Eu continuo a te ver...
Teu cheiro está tão perto que eu não pude resolver
Se insisto em te procurar ou se tento te esquecer

Mais uma noite sem você, que parece nem ligar
E eu vou dormir prá quê ?
Se eu estou a fim de me entregar...
Já que eu não posso ter você fecho os olhos
E qualquer corpo passa a ser o seu
Qualquer corpo passa a ser o seu

Não sei por que você prefere duvidar de quem te diz que sente a tua falta
E não consegue ser feliz
Eu não consigo ser feliz...
Rolo em minha cama a noite inteira sem saber se insisto em te procurar
Ou se tento te esquecer...

Terra da garoa


Esta chuvinha, típica da nossa cidade, ora chamada "terra da garoa", me faz rememorar tempos  cinzentos que caminhava no centro, admirando arquitetura envelhecida do teatro municipal, do vale do Anhagabaú...os detalhes da água que ao molhar as obras de arte, deixavam-na num tom mais escuro mesclando-se ao mais claro seco: algo lindo de se ver.
Pessoas apressadas andando pra lá e pra cá, em busca de ganhos para depois perderem.
E a vida corrida da grande cidade passando...passando rápido demais, tanto quanto a juventude.
Durante anos observei o dia a dia ao voltar do trabalho até chegar em casa.
Eram trinta minutos de reflexão sobre tudo e todos, mas o principal era a admiração pela paisagem urbana e esquecida que estava bem ali na frente de todos, que nem sequer sabiam o tamanho do valor da arte que os circulavam por conta de suas corridas pelo nada.
Um tempo que não volta mais...mas de certo ficará para sempre na memória, e em dias como o de hoje trazem lágrimas de saudades.