Assisti neste último sábado, no canal do Max ao filme "A Porta", o que estranhou-me estar descrito no gênero como terror, já que trata-se de um suspense, ou diria até mesmo, drama.
Ao adaptar uma novela o diretor tenta mostrar que segundas chances devem ser dadas mas por um preço alto a ser pago.
Há um limite entre os dois tempos, passado e futuro.
Mas é o presente que faz doer e repercute as ações do artista.
David um artista (pintor) entra em desespero depois de um acidente fatal com sua filha pequena, principalmente porque ele está fazendo algo errado, enquanto ocorre a fatalidade.
Então uma segunda chance é lhe dada cinco anos depois quando ele pode voltar e salvar a garota de sete anos. Mas não ocorre desta maneira.
O filme alemão remete questões sociais, de decisão, de amor e de relacionamento deixando a fantasia de lado esperando a suspensão de descrença por parte do espectador.
Quando David volta ao seu universo onde sua filha está viva e salva do acidente descobre que não é o único visitante do futuro e que há coisas a serem feitas para que esse mundo não acabe em um colapso.
A cada dia David descobre mais sobre os vizinhos da porta, e se vê num dilema entre sua vida no futuro e sua família no presente.
Vale a pena assistir este filme, aliás é um daqueles tipos que faz você pensar por vários ângulos, desde o cunho psicológico, fantástico até mesmo ideológico.
Ao meu ver "A Porta" é como se fosse "As Portas da Percepção", onde o homem consegue mergulhar dentro de si próprio e ver o quanto estaria errado se entregasse ao prazer, esquecendo-se da importância do verdadeiro amor.
Mas, terei que vê-lo novamente e refletir mais um pouco.
Para aqueles que não assistiram , por favor, assistam, vale muito a pena.
Enjoy it!