Estava ministrando minhas aulas normalmente, como sempre o faço; de forma planejada, mas de uma maneira a torná-la prazerosa e agradável a todos, quando eis que surge a pergunta vinda de uma aluna:
"Professora você sabe me dizer o que é o amor?"
Respondi naturalmente e de forma simples:
O amor não tem definição, ele simplesmente é sentido.
A pergunta que teve como consequência minha resposta, surtiu um efeito nos alunos que eu não esperava, abrindo um "leque" de discussões sobre esta palavra, que é tão falada, mas tão pouco sentida.
Certa vez, alguém me disse: 'Um e um é igual a um.
Puxa...guardei para sempre na minha caixa de memórias, pois esta frase caberia perfeitamente dentro do que podemos sentir, e denominamos, amor.
Faz parte deste sentimento então, tal matemática irracional que diz que um e um é igual a um.
Mas oras, quem racional, usaria de fato tal cálculo, no mínimo enfadonho?
Diria que somente os descalculados, saberiam sentir tal insanidade.
Nem mesmo o dono da frase, outrora, pudera conseguir concretizar a tal soma, já que abandonar um dos componentes da ideia do mínimo múltiplo comum.
Mas causara de fato, a máxima divisora, fazendo com que outrem, aprendesse tamanha irracionalidade.
E não é senão a verdadeira racionalidade do amor esta irracionalidade de cálculo? Esta irracionalidade de sensações?
Infelizmente, amar é para poucos, fortes, insanos, irracionais...e geralmente os solitários é que amam verdadeiramente.
(Por Ana Paula Lacalendola)
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