Noite mau dormida,
Tristeza e vazio sem fim.
Um novo dia e tudo de novo,
Então ouço Chopin mais um Noturno.
Fico divagando em pensamentos
E as lágrimas vem sem pedir,
Encharcam meus olhos,
Apertam meu coração
E minha alma explode em dores.
Me questiono do por que da vida,
Dos por ques de tantos fatos, pessoas que vem e vão
Somem, morrem...
O que existe afinal?
Nossa a rádio cultura hoje quer me matar nesta manhã.
Está tocando obras completas de Chopin...magnífico!
Pronto voltei...e ainda me pergunto...
Não me entendo por que as vezes sou tão nervosa.
Tão impaciente com tudo.
Depois passa o tempo e me arrependo
Mas sempre é tarde, pois uma palavra dita
É como uma pedra atitada num rio:
Não tem volta.
Me puno mas de nada adianta.
O que eu sou afinal?
No mesmo dia em que quero levar pra casa
Um passarinho que caiu da árvore,
Discuto porque não concordo
Com pessoas "folgadas" ou sossegadas.
Por que eu não sou assim?
Gostaria que todos fossem como eu?
Impossível...
Pelo contrário, me sinto muito só neste mundo.
Tenho gostos de me vestir, musicais, lugares,
Tudo diferente e sofro.
Não consigo viver em sociedade!
Não consigo conviver com ninguém!
E por isso me afastei do mundo.
Vivo num apartamento entre quatro paredes
Com meus gatos, minha música, meu mundo.
Mas estou morrendo por dentro
Porque preciso conseguir sobreviver com os demais indivíduos,
E choro mais uma vez e nem sei o que faço por aqui.
Tive vontade de falar e nem tenho com quem falar.
As pessoas não me entendem.
Pronto é isso.
Pour Anna