quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Mais curiosidades da língua portuguesa: existe plural de sol?



Sim: Sóis. 
Sol é o nome (substantivo próprio) da estrela no centro do nosso sistema solar. 
Por analogia, podemos chamar de sóis (substantivo comum).

O plural da palavra pôr do sol é pores do sol. 
Foi o mais lindo pôr do sol que eu já vi. 
Foram os mais lindos pores do sol que eu já vi. 
Na língua portuguesa existem dois números gramaticais: o singular e o plural. O singular se refere a só um ser e o plural se refere a dois ou mais seres. 
A principal regra de formação do plural é acrescentar s à palavra no singular, ou seja: menina/meninas, casaco/casacos, mãe/mães,…Esta regra diz respeito, principalmente, aos substantivos simples terminados em vogal. 
Relativamente aos substantivos compostos, que são formados por mais do que um radical, existem várias regras para a formação do plural. Pode ser feito pela flexão dos dois elementos que formam a palavra, apenas pela flexão do primeiro elemento que forma a palavra, apenas pela flexão do segundo elemento que forma a palavra ou pela não flexão dos elementos, se mantendo invariável. 
No caso da palavra pôr do sol, a palavra pôr não é considerada um verbo porque se encontrar substantivada, sendo assim, a formação do plural da palavra pôr do sol obedece à regra de formação das palavras compostas unidas pela preposição de onde apenas a primeira palavra vai para o plural. 

Exemplos: pôr do sol/pores do sol; pé de moleque/pés de moleque; pão de ló/pães de ló; ...




Análise textual da obra Alice no País das maravilhas


Narrador onisciente (mesmo sendo sujeito do discurso, apresenta o ponto de vista de uma ou de várias personagens, no momento presente.) = 3ª pessoa - a figura do narrador  pode ser considerado o senhor da narrativa. ou seja, ele tem o poder de revelar e de ocultar, participar do conflito ou apenas o apresenta de modo discreto ou então marcando seu ponto de vista. 
O narrador emprega com frequência o discurso indireto livre e, por meio desse recurso de linguagem, apresenta ideias e sentimentos das personagens. 
Ele é transmissor e intérprete da visão de mundo da protagonista Alice.
Pode-se classificar este narrador como autoritário por centralizar as informações, mas também é solidário com um leitor mais iniciante, porque tende a mostrar aspectos que talvez não fossem percebidos. 

Ocorre no tempo psicológico - na obra Alice no País das Maravilhas– tudo se passa na mente dela enquanto estava com o Chapeleiro Maluco.
Há uma desordem das coisas, fazendo com que a cronologia seja inexistente. 

Tempo: a análise também pode ser feita através de vestimentas da época (principalmente), tornando-o  de certa maneira "atemporal" ou ainda passado.

Espaço: como o "País das Maravilhas" é um lugar fantástico, há muitas paisagens que não são comuns aos leitores (mesmo hoje); descrevê-las com zelo é um ponto importante a fim de criar tal imagem na mente. Mas tais caracterizações não se estendem muito, são suficientes durante a história.

Personagens: Embora o foco principal seja a menina, todos as outras personagens (coelho, Rainha Má, etc) são complexas na medida para o leitor infantil (daquela época, pelo menos) e representam alguns aspectos do cotidiano, sendo que a fantasia em torno deles também é fundamental para manter a atenção das crianças nas personagens.