quarta-feira, 6 de março de 2013

Eu e você somos a dor...


A palavra sofrimento está atrelada à dor.
E a dor vem do desejo de não sentirmos dor.
Ocorre que o desejo nos engana, sempre!
E quase sempre acreditamos tratar-se de algo ruim.
De fato naquele momento de nossas vidas o é.
Mas lá na frente compreendemos o real sentido
Daquele contexto histórico acerca do sentimento sofrível de sentirmos dor.
Passamos a entender que tratou-se de mais uma etapa
E que olhamos para trás e pensamos
No quanto sofremos por algo tão edificante
Como é a dor, o sofrimento e sorrimos em lágrimas
Quando entendemos o quanto somos especiais:
Porque eu e você somos a própria dor.
 (Pour Anna)

MODERNISMO BRASILEIRO



O Modernismo Brasileiro foi um movimento cultural,  especificamente literário e artístico,  ocorrido no início do século XX, tardiamente nos anos 20 e nele foram percebidos elementos das vanguardas acontecidas na Europa antes da Primeira Guerra Mundial.
CARACTERÍSTICAS:
O objetivo principal do modernismo era romper com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo e arte acadêmica) fazendo com que houvesse a  libertação estética, a experimentação constante e principalmente  a independência cultural do país.
Entretanto a força do movimento literário modernista  e a base deste encontram-se nas artes plásticas, dando destaque para a pintura.
No Brasil ficou registrado como marco simbólico A Semana da Arte Moderna em 1922 ocorrida na cidade de São Paulo, centenário da Independência.
Devemos lembrar que o modernismo já se mostrava presente muito antes do movimento de 1922.
As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o modernismo datam de 1913 com as obras do pintor Lasar Segall; em 1917  a pintora Anita Malfatti , que acabva de chegar da Europa provocou uma renovação artística com a exposição de seus quadros.
Este período foi chamado de Pré-Modernismo (1902-1922), destacando-se no âmbito da literatura: Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos.
Ainda neste período notou-se a influência de movimentos anteriores como realismo/naturalismo, parnasianismo e simbolismo.
Em 1922, com a Semana de Arte Moderna teve início o que chamamos de Primeira Fase do Modernismo ou Fase Heróica (1922-1930), caracterizada por uma  responsabilidade maior dos artistas em relação à renovação estética que se beneficiada pelas estreitas relações com as vanguardas européias (cubismo, futurismo, surrealismo, etc.).
Esta Semana de Arte Moderna de 22 foi o ápice deste processo que visava atualização das artes, e a sua identidade nacional. Pensada por Di Cavalcanti como um evento que causasse impacto e escândalo, esta semana proporcionaria as bases teóricas que contribuirão muito para o desenvolvimento artístico e intelectual da Primeira Geração Modernista e o seu encaminhamento, nos anos 30 e 40, na fase da Modernidade Brasileira.
No campo da literatura houve a criação de uma forma de linguagem que rompeu com o tradicional, transformando a forma como até então se escrevia; segue alguns exemplos destas mudanças : a liberdade formal (utilização do verso livre, quase abandono das formas fixas – como o soneto, a fala coloquial, ausência de pontuação, etc.), a valorização do cotidiano, a reescritura de textos do passado, e diversas outras; este período caracteriza-se também pela formação de grupos do movimento modernista: Pau-Brasil, Antropófago, Verde-Amarelo, Grupo de Porto Alegre e Grupo Modernista-Regionalista de Recife.
Na década de 30, temos o início do período conhecido como Segunda Fase do Modernismo ou Fase de Consolidação (1930-1945), caracterizado pelo predomínio da prosa de ficção.
 A partir deste período, os ideais difundidos em 1922 se espalham e se normalizam, os esforços anteriores para redefinir a linguagem artística se une a um forte interesse pelas temáticas nacionalistas, percebe-se um amadurecimento nas obras dos autores da primeira fase, que continuam produzindo, e também o surgimento de novos poetas, entre eles Carlos Drummond de Andrade.
A Terceira Fase do Modernismo (1945- até 1960); alguns estudiosos consideram a fase de 1945 até os dias de hoje como Pós-Modernista, no entanto, as fontes utilizadas para a confecção deste artigo, tratam como Terceira Fase do Modernismo o período compreendido entre 1945 e 1960 e como Tendências Contemporâneas o período de 1960 até os dias de hoje. Nesta terceira fase, a prosa dá sequência às três tendências observadas no período anterior – prosa urbana, prosa intimista e prosa regionalista, com uma certa renovação formal; na poesia temos a permanência de poetas da fase anterior, que se encontram em constante renovação, e a criação de um grupo de escritores que se autodenomina “geração de 45”, e que buscam uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de neoparnasianos.

Principais representantes do Pré-Modernismo e do Modernismo no Brasil:
Pintura: Anita Malfatti, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Rego Monteiro, Alfredo Volpi;

Literatura: Euclides da Cunha, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Augusto dos Anjos, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Alcântara Machado, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Carlos D. de Andrade, Cecília Meireles, Vinicius de Morais, Murilo Mendes, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge de Lima, José Lins do Rego, Thiago de Mello, Ledo Ivo, Ferreira Gullar, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Ribeiro Couto, Raul Bopp, Graça Aranha, Murilo Leite, Mário Quintana, Jorge Amado, Érico Veríssimo;

Música: Alberto Nepomuceno, Heitor Villa-Lobos e Guiomar de Novais;

Escultura: Victor Brecheret;

Teatro: Benedito Ruy Barbosa, Nelson Rodrigues;

Arquitetura: Lúcio Costa, Oscar Niemayer;