Ah o vento frio...
Às margens do mês de maio,
Tão triste se faz.
E corta minha face
Como uma navalha afiada.
Doendo tão melancolicamente,
Quanto teu olhar:
Profundo, temeroso e confiante.
Ah o vento frio...
E viva estridente!
Em meus ouvidos
Chamando o teu nome;
Traz-me você de volta.
E rogo aos céus,
Lamuriando-me
Por ti...onde estás?
Oh cadáver!
Ah o vento frio...
Tão gélido quanto o coração "dele".
Ser inanimado de paixão,
Mas envolto em lembranças
E beleza única.
Escuta o meu grito silencioso,
Que mistura-se ao som do vento.
Ah o vento frio...você e eu, eu e você somos o vento frio.