segunda-feira, 20 de junho de 2011

Poesias e poemas de autoria própria

     " Sem inspiração para nada, porque sou nada ."

Minha existência agora situada no presente,
Logo não será mais que um passado longínquo.
E eu serei nada!

A resposta certa para dar é que não existo!
Não o tens em ti agora, o presente inestimável,
Ao qual todos vós, filhos do tempo aspiras com tanto ardor.
Não te ocupas mais agora e efetivamente?

E te conduza à ele, para que pudesesses reconhecer
Que estes deveriam estar fechados pela morte?

E por considerar a idéia do tempo,  e eu enquanto existência.
Chego convicta de que a morte não pode destruir,
E portanto, o nascimento não é o começo da nossa existência.

A existência do teu ser,  depois da destruição do teu corpo,  lhe parece impossível.
Mas, ela é mais compreensível,  do que a tua existência atual e de como chegaste a ela.
Por quê deves duvidar,  dos caminhos secretos que te foram abertos para seus caminhos presentes?
Afinal, o presente atual não estaria para todo o presente à vir?

" Ex nihilo nihil fit, et in nihilum nihil potest reverti "
" Do nada, nada vem e nada pode ser revertido ao nada. (Paracelsus)

(Por Ana Paula L. em 21-06-2011)

Cinema e filmes

 DICA DE FILME: " O CISNE NEGRO "

Pessoal este filme é intrigante e traz um lado  "sombra  " que todos nós temos...
Um dos atuais melhores do gênero que já assisti. 
Se faz de um drama psicológico arrebatador. Assistam!

Anna L'calendola: Filosofia e reflexões

Anna L'calendola: Filosofia e reflexões: " Primeiro como tragédia, depois como farsa – analogia à famosa frase de Karl Marx em O dezoito brumário sobre a repetição dos Bonapar..."

Filosofia e reflexões


 Primeiro como tragédia, depois como farsa – analogia à famosa frase de Karl Marx em O dezoito brumário sobre a repetição dos Bonaparte no poder (Napoleão e Luís) –, o filósofo esloveno Slavoj Žižek sustenta a tese de que vivemos em uma nova etapa do capitalismo global, na qual o mesmo discurso que garantiu uma ofensiva geopolítica após os atentados de 11 de setembro tem encontrado dificuldade em se sustentar no período pós-crise financeira de 2008.
Traçando uma argumentação tanto da tragédia como da atual farsa, o autor expõe o cinismo contemporâneo dos pregadores e praticantes da democracia liberal ao analisar o discurso do presidente Bush em dois momentos diferentes que evocam a suspensão parcial dos valores norte-americanos (garantia de liberdade individual, capitalismo de mercado) para salvar da falência esses mesmos valores. A Žižek parece, portanto, que a utopia democrático-liberal teve de morrer duas vezes, já que o colapso da utopia política do 11 de Setembro não trouxe o fim da utopia econômica do capitalismo de mercado global, o que só ocorreu com a crise financeira de 2008.
Para o autor, o mais atual anacronismo vivido pelas nações modernas teve início com a queda do Muro de Berlim, evento histórico que parecia anunciar a vitória da democracia liberal e o surgimento de uma comunidade global sem fronteiras. O 11 de Setembro, no entanto, revelou um movimento oposto com o surgimento de novos muros e contradições: entre Israel e Cisjordânia, em torno da União Europeia, na fronteira entre Estados Unidos e México e até no interior de Estados-nações, que acolhem “cidadãos globais” que vivem isolados em “castelos na Escócia, apartamento em Manhattan e ilha particular no Caribe”, além dos moradores das favelas e bolsões de pobreza, que são o outro lado da mesma moeda.
As condições e consequências da crise em curso são abordadas em uma análise que se auto afirma engajada. Dividido em dois capítulos, o livro faz um diagnóstico do âmago utópico da ideologia capitalista e busca localizar aspectos dessa difícil situação que abrem espaço para novas formas de práxis comunista. “A única maneira de compreender a verdadeira novidade do novo é analisar o mundo pela lente do que era ‘eterno’ no velho”, afirma Zizek. Tomando a idéia de comunismo como “eterna” não no sentido de uma série de características universais e abstratas que podem ser aplicadas em toda parte, mas no sentido de que deve ser reinventada a cada nova situação histórica, Zizek propõe uma mudança de perspectiva, que questione a situação atual do ponto de vista da idéia emancipadora e não mais a pertinência desta como ferramenta de análise e prática política.
Trecho do livro- “(...) na democracia, cada cidadão comum é de fato um rei – mas um rei numa democracia constitucional, um monarca que decide apenas formalmente, cuja função é apenas assinar as medidas propostas pelo governo executivo. É por isso que o problema dos rituais democráticos é semelhante ao grande problema da monarquia constitucional: como proteger a dignidade do rei? Como manter a aparência de que o rei toma as decisões, quando todos sabemos que isso não é verdade? Trotsky estava certo então em sua crítica básica à democracia parlamentar: não é que ela dê poder demais às massas não instruídas, mas que, paradoxalmente, apassive as massas, deixando a iniciativa para o aparelho do poder estatal (ao contrário dos ‘sovietes’, em que as classes trabalhadoras se mobilizam e exercem o poder diretamente). Por conseguinte, o que chamamos de ‘crise da democracia’ não ocorre quando os indivíduos deixam de acreditar em seu poder, mas, ao contrário, quando deixam de confiar nas elites, que supostamente sabem por eles e fornecem as diretrizes, quando vivenciam a angústia que acompanha o reconhecimento de que ‘o (verdadeiro) trono está vazio’, de que a decisão agora é realmente deles. É por isso que, nas ‘eleições livres’, há sempre um aspecto mínimo de boa educação: os que estão no poder fingem educadamente que não detêm de fato o poder e nos pedem para decidir livremente se queremos lhes dar o poder – num modo que imita a lógica do gesto feito para ser recusado.”
O autor- Slavoj Žižek nasceu na cidade de Liubliana, Eslovênia, em 1949. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é um dos diretores do centro de humanidades da University of London. Dele, a Boitempo publicou Bem-vindo ao deserto do Real! (2003), Às portas da revolução (2005), A visão em paralaxe (2008), Lacrimae rerum (2009) e Em defesa das causas perdidas (2011).

Música

DEAD CAN DANCE - YULUNGA

Amigos não sei quanto à vocês, mas cada vez que ouço Dead Can dance me emociono, e sempre faço ligação com algo extremamente crítico ou triste que passo e por consequência, afloram em minha alma vontades de fazer algo para mudar, lutar...e sempre fico imobilizada pelas lágrimas e tristeza.
Mas hoje não mais...estou me reerguendo e estou com projetos ótimos que dentro em breve farei questão de compartilhá-los com os amigos.
Por enquanto, apenas deleitem-se com este som único e que vem da natureza mais nobre e sensível de se fazer música de verdade.

Dica importante de leitura e reconhecimento da arte

Fábula de La Fontaine - ( França - 1833)

" A rã que queria ser do tamanho do touro "

Havia uma rã do tamanho normal e igualà todas as rãs.
Certa vez, avistou um touro e ficando invejosa do tamanho dele, se pôs à inchar. A cada esforço a rã ficava cada vez mais inflada e perguntava às outras rãs:
- Irmãs, já estou do mesmo tamanho dele?
E a cada negativa, a rã inchava mais, até que de repente, explodiu.

MORAL DA FÁBULA: 
Este mundo está repleto de pessoas que não se aceitam como são, sempre querem parecer maiores, mesmo as mais medíocres.

É importante destacar, que este é apenas um, dos inúmeros contos e fábulas que este francês visionário escrevera, e que nos serve de parâmetros morais e éticos, quanto à analogias de nossas vidas até hoje, apesar de ser do período de 1833. Vale à pena para quem se interessa por boa leitura, procurar sobre La Fontaine.


Frases e reflexões....sobre o dia de hoje 20-06

 Apenas reflexãodo dia de boje:

Quando você vai à um hospital, porque do nada, fica sabendo da notícia que seu priminho de 13 ano,s teve que fazer cirurgia às pressas de uma apêndice, um garoto normal que nunca teve nada...e está em pleno gozo de sua áurea pré-adolescência, adentra o quarto do hospital e o vê com sonda no nariz, sonda para urinar e dreno, além de estar todo inchadinho, com dores, e reclamando de fome, quase desmaiei de desgosto ao compartilhar daquela cena...olhei nos olhos da mãe dele; minha tia, e vi o quanto ela gostaria de estar ali no lugar do seu filhinho...minha visão turvou-se e embranqueci como uma cêra, à olhos vistos...sentei-me no sofá ao lado da cama, e fui amparada pelos meus pais...aos poucos fui voltando, mas pensei na mesma hora:  se existisse realmente um deus, que deus seria este, que deixa acontecer tantas coisas ruins como esta, dentre outras ainda piores que estão por aí à fora?

Não bastasse esta visão triste e amargurante que presenciei, recebemos ainda ali, naquele quarto de hospital, a notícia que minha bisavó ao carregar as roupas, que lavara a tarde toda caiu da escada e quebrou os dois ombros; detalhe, não havia ninguém para socorrê-la, apenas uma criança, da qual ela cuida (bisnetinho) e por sinal, porque o pai do garoto, negou-se a pagar a escola do filho, por conta da separação com a esposa. O SAMU do Governo foi chamado, e até agora 00:27hs ela estaria caída na beira da escada, esperando-o, se não fosse uma outra bisneta que chegou em seguida, e teve a idéia de ligar para o avô, pai da mãe do garotinho internado no hospital....gente: cadê afinal, o seu deus, o nosso deus?????

Desculpem mas eu tive que desabafar...foi demais pra mim tanta coisa triste num dia só...