sábado, 19 de janeiro de 2013

Sobre a vida...



Quando chega-se num determinado momento da vida e percebe-se o quanto de tempo usou seus sentimentos e ações num grande buraco vazio é muito triste.
Tudo não passa de uma farsa e as coisas parecem ser todas de mentira, o mundo dos sonhos mistura-se à realidade e uma confusão toma conta de você, pois os mundos do real e do imaginário entrelaçam-se virando um pesadelo.
Com quem você dividiu sua cama? Sua comida? Suas conversas? Seus problemas? Com quem? Ou com quem não dividiu? Seria um fantasma? Um amigo imaginário?
Não, não há respostas porque tudo não passou de areia, a qual você construiu seus castelo durante anos e o vento soprou com a triste realidade.
O espelho retrata as marcas do tempo e a ausência de si próprio.
De repente não tens mais reflexo e tudo o que fez e achou que construiu voou junto com o vento gélido que sopra sempre pela manhã e de madrugada.
O que sobrou? Lembranças e mais lembranças de um passado que também hoje você já não tem mais certeza se existiu...se você sonhou...tudo se confundiu.
Não acreditas mais em ninguém, em nada.
Para que tanto estudo? Tanta filosofia? Tanta literatura? Tanto amor? Amor?...
O que és para a sociedade? Se não estás na idade considerada "tenra" ou eu diria, pronta para o "abate" ao consumo dos homens, não tens "perfil" profissional, simples assim.
O homem para quem não sabe o significado de fato é uma animal racional mas que toma atitudes irracionais e egoístas, e portanto vive para trabalhar, ver e consumir. Consumir tudo! Inclusive você mulher que não passa de um objeto de consumo e alimento para o apetite vil e sexual do macho. Dói ouvir isso? Mas é a realidade, infelizmente.
A racionalidade é vencida pela irracionalidade do dia a dia e torna o ser humano corrompido da própria espécie. Faz com que ele esqueça-se de detalhes simples da vida como atos pequenos de amor e pitadas de romance. A pureza de um abraço, de um longo beijo ou um simples deitar de colo e afagar os cabelos parecem não existir mais e se ocorre um beijo ou um abraço, pronto o convite ao consumo estpa feito.
Chega! Recuso-me a falar mais deste comportamento inadequado e animalesco.
Quero a pureza dos tempos passados que vivi...não sei. Será que vivi? Será que eu criei?
Então está excluída do mercado de trabalho. E daí de que valem suas atribuições de inteligência artificial  se não gosta de frequentar "happy hours"??? 
Qual sensação que se têm de fato quando não dorme mais tranquila de noite e acora pelo menos cinco vezes por noite? Quando acorda pela manhã num lugar que lhe parece estranho, sua casa parece não ser sua...sua família, parece não ser sua...e o pior sua vida foi roubada pela própria vida.
Quem é o culpado por isso? Você mesma. E o que resta hoje além desta confusão de ideias e sentimentos, afinal são as palavras escritas e escritas...para quem sabe um dia alguém especial a leia e consiga mostrar a direção a seguir e a resposta para tanta dor.