quarta-feira, 30 de maio de 2012

Morte sem sentido


Entre os 108 mortos do massacre de sexta-feira  em Houla, área de vilas agrícolas pobres na Província de Homs, no centro da Síria, havia 49 crianças e 34 mulheres, segundo a ONU. Também de acordo com essa organização, algumas das vítimas foram mortas com disparos na cabeça. Nesta segunda-feira, novos focos de violência teriam deixado ao menos 24 mortos em vários bairros de Hama.
Os detalhes sobre o massacre, que ainda não está claro que tenha sido cometido apenas por forças do regime de Bashar al-Assad, surgiram no mesmo dia em que Rússia criticou de forma mais dura seu tradicional aliado e em que o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, chegou a Damasco para reunir-se com o presidente sírio e outras autoridades. Ele pediu que "todo indivíduo armado" na Síria abaixe suas armas, dizendo se sentir horrorizado com o massacre de Houla.
"Esse foi um crime apavorante, e o Conselho de Segurança da ONU de forma correta o condenou", disse Annan em um comunicado. "Aqueles responsáveis por esses crimes brutais têm de prestar contas, e sei que o governo também está investigando o caso. É a população síria, cidadãos comuns desse grande país, que paga o preço mais alto do conflito. Nosso objetivo é parar esse sofrimento. Deve parar, e agora."
Apesar de responsabilizar a oposição também pelo massacre, afirmando que há terroristas entre os opositores, a Rússia adotou nesta segunda-feira um discurso mais duro em relação a Damasco. O chanceler russo, Sergei Lavrov, culpou principalmente o governo pela carnificina que ocorre no país árabe desde o início do levante antigoverno, há 15 meses.
"O governo tem a maior parte da responsabilidade sobre o que está acontecendo", disse Lavrov depois de um encontro com o secretário de Relações Exteriores britânico, William Hague. "Qualquer governo em qualquer país detém a responsabilidade pela segurança de seus cidadãos."De acordo com analistas, o discurso desta segunda pode indicar que a Rússia esteja alertando Assad de que ele precisa mudar o curso se não quiser perder o apoio de Moscou, que tem sido uma grande base de proteção para o regime durante a revolta iniciada em março de 2011.
O Conselho de Segurança da ONU culpou as forças sírias para disparos de artilharia e de tanque nas áreas residenciais, mas não anunciou claramente quem era o responsável pelas mortes com disparos à queima-roupa e o "severo abuso físico" de civis.
Ativistas na área disseram que o Exército atacou as vilas com artilharia e entrou em confronto com os rebeldes. Eles disseram que atiradores pró-governo mais tarde invadiram a área, causando a maior parte das mortes ao disparar contra homens nas ruas e esfaquear mulheres e crianças em suas casas. 

REFLEXÃO:
 Não sei nem como expressar meu pesar em meio à tanta violência.
As pessoas estão matando e nem sabem o real motivo do por quê estão ali.
São crianças, meu Deus, crianças! Será que alguém em algum lugar pode gritar por estes seres tão inocentes  e tão maltratados!
Não consigo mais! Eu grito e ninguém me ouve. Sinto-me como se tivesse sido enterrada viva, sufocada por tanta dor. Eu sinto o sofrimento, saudades, medo...muito medo! Desesperança.
Será que estamos voltando na época da Segunda Guerra Mundial? 







segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sonhando com o futuro


  
 Hoje em plena aula, me peguei divagando e sonhei com um reencontro futuro.
 Lá estava ele sentado de costas no balcão do piano bar, tomando um drink.
Parecia-me de longe que lia algo, não consegui ver ao certo o que era.
Então eu o observei de longe, e, mesmo diferente marcado pelo tempo,
Continuava elegante: blazer xadrez num tom entre marrom e bege,
Cachecol preto em torno do pescoço, caindo pelas costas,
Luvas sem dedos, mais como adorno, do que protecional.
Fazia um friozinho típico das noites de inverno de São Paulo.
Há o perfume...uma fragrância própria dele,
Misturava-se a um aroma de coisas antigas, almíscar, talvez cravo:
Um frenezi único!
Minhas pernas cambalearam e eu gelei por dentro.
Por instantes senti-me uma adolescente apaixonada novamente,
Esqueci que já não mais o era.
Pensei em fugir, e em seguida quis correr para os seus braços.
Abraçá-lo-ia bem forte e em silêncio sentiria o seu corpo no meu.
Fiquei ali paralizada, temerosa, assustada...será que ele vai me reconhecer?
Depois de anos, mais velha? Ainda me achará bonita?
O que virá depois? 
Seremos para sempre um do outro?
E depois disso nos perderemos de novo?
Mas haverá uma nova oportunidade agora que já somos mais velhos?



sexta-feira, 18 de maio de 2012

Noites frias e saudades


Ontem seguia noite à dentro em meu carro, enquanto ouvia nossa música.
Doeu fundo ao lembrar das nossa trocas de mensagens, tão doces e verdadeiras,
Tornando uma modernidade como o celular algo poético,
Como se fossem cartas escritas à pena.
Senti-me perdida e mais só do que nunca.
Acendi meu cigarro de cravo que misturou-se ao aroma do perfume Burberry.
Há quanta falta da época em que podia dançar na fumaça dos inúmeros cigarros,
Embalados pelo som do Dead Can Dance, Cocteau entre outros...
E o cheiro que ficava nos cabelos depois...era bom demais.
Senti a presença dele ainda mais forte e próxima, todas as noites frias, ainda mais.
As mãos magras, pele branca e fria, mas quando colocadas sobre as minhas,
Tornavam-se quentes e aconchegantes.
E este tempo, a escuridão das noites...e sua ausência.
Me torturo porque estou envelhecendo e não o tenho.
Vivo destas lembranças para poder continuar.
Sinto-me fraca pelo tempo cruel, cada vez mais.
Não me deixe nunca!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

ACIDENTE VISTO AO VIVO


 Trens colidiram na região da estação Carrão, na zona leste; usuários ficaram feridos no acidente
Uma colisão entre dois trens interrompeu parcialmente o funcionamento da Linha 3-Vermelha do Metrô, na zona leste de São Paulo, por quase 5 horas. O acidente, que ocorreu na região da estação Carrão, por volta das 9h50, deixou feridos. Até as 11h30, pelo menos 33 passageiros foram resgatados na linha pelo Corpo de Bombeiros, Samu e agentes de segurança do Metrô. A causas do acidente ainda não foram confirmadas.

COMENTÁRIO:

Da janela do meu apartamento, em plena manhã fria de quarta-feira, vi ao vivo as pessoas caminhando ao longe nas linhas férrea do metrô Carrão, em fila indiana.
Remeteu-me a idéia trazida da Segunda Guerra Mundial, quando os alemães faziam os judeus escravos, caminharem em "fila indiana" até os postos de trabalho ou câmaras de gás.
E enquanto em minha mente fazia tal analogia, pensei que a diferença é tão tênue, quanto os detalhes do acidente.
Quem garante que não foi um atentado de algum paulistano cansado de tanta invasão. Ou mesmo de algum terrorista, psicopata, enfim...ninguém garante nada!
Mas é fato que ainda somos escravos de um sistema falho e escravo. E somos nada além de marionetes de uma burguesia poderosa.

LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO EM VIGOR

Entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação, sancionada em novembro do ano passado que obriga o poder público em todas suas esferas - municipal, estadual e federal - a fornecer informações solicitadas por cidadãos, empresas e entidades da sociedade civil organizada. 
A norma também prevê responsabilização dos agentes públicos que retardarem ou negarem indevidamente a entrega de informações. E isso inclui os órgãos de meio ambiente.

Agora, será possível pedir qualquer informação sem precisar justificar a motivação do pedido. Basta o cidadão se identificar e, então, exigir a transparência que agora é direito. Todo e qualquer documento público poderá ser solicitado, salvo as restrições de quando se tratar de informação pessoal ou for classificado como informação reservada, secreta e ultrassecreta.

Pela norma, informações disponíveis devem ser dadas imediatamente. Caso dependam de pesquisa, o prazo é de 20 dias, prorrogáveis por mais dez. A nova lei também dá fim ao sigilo eterno de documentos oficiais. Pela nova regra, o prazo máximo de sigilo foi limitado a 25 anos para documentos ultrassecretos, 15 anos para os secretos e cinco para os reservados. Os documentos ultrassecretos poderão ter o prazo de sigilo renovado apenas uma vez.

Como a lei também determina que os órgãos e entidades públicas deverão divulgar um rol mínimo de informações proativamente através da internet, vários sites do governo federal lançaram hoje nos seus portais o link para a página de acesso à informação do órgão. Ele é identificado por um selo em forma de balão amarelo de quadrinhos, com a letra "i" em verde.

Brasil tem lei de acesso à informação ambiental desde 2003

Tanto o Ministério do Meio Ambiente quanto às autarquias ligadas ao Ministério do Meio Ambiente já contam com páginas especiais para o cumprimento da Lei 12.527. Mas o que poucos sabem é que o acesso às informações ambientais já está previsto desde abril de 2003, pela lei 10.650, que dispõe sobre o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos órgãos entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente.

A lei de 2003 junto com a Lei de Acesso à Informação, que entra em vigor hoje, podem ser usadas como base para a obtenção de dados dos órgãos ambientais. A partir de agora sigilo é exceção e a transparência é a regra.


Conclusão:

Certamente que é mais um avanço para nosso sistema político, entretanto até que ponto será de fato transparente.
Creio que haverão manipulações políticas, bem como a maioria em nossa democracia ou diria, escravocracia.
Haja vista que todas estas leis que há muito engavetadas, são sancionadas nas prévias das eleições.
Será que isso não quer dizer nada?
Não quero ser pessimista, apenas tentar deixar as pessoas de olhos bem abertos para a "real" realidade de todas as atitudes tomadas.
Não se deixem enganar com aquilo que parece "boa ação", principalmente se em seguida, vier uma eleição.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Dia de hoje



A hora mais bela, surge do momento mais triste...
Tenho na minha caixinha de memórias um destes momentos, o qual jamais apagarei, e somente outra pessoa, além de mim, sabe do que falo.

domingo, 13 de maio de 2012

Manhã de domingo



Manhã cinzenta, digna de um dia de inverno.
Um friozinho gostoso adentra pela varanda
E o trânsito caótico de todos os dias da ponte,
Parece ter sido varrido pelo vento.
De repente sinto-me tão só neste domingo triste na linda cidade de São Paulo.
Gostaria de poder ir a um concerto e em seguida, sentar-me num destes bares qualquer do centro e degustar um vinho, enquanto observaria as pessoas indo e vindo pelas ruas sujas e molhadas pelo sereno.
Por vezes o som da sinfonia traduz as vidas alheias dos outros e aquele momento que estamos vivendo, é incrível este poder sonoro e sensível.
Mas infelizmente, não posso fazê-lo, então amarguro-me ainda mais...e sofro sufocada nos meus anseios e vontades, tão simples, mas que a vida, priva-me.
Enquanto isso ao lado das minha estátuas de anjo, sinto-me tão petrificada quanto eles, e apenas o frio e a escuridão fazem-me acreditar que ainda estou viva.


sábado, 12 de maio de 2012

Acordei com lágrimas nos olhos esta manhã e com uma sensação de que estou perdendo algo que jamais voltará: o tempo.
Passei a noite envolta num sonho que não tive oportunidade de realizar e ao abrir meus olhos e me dar conta de que hoje tenho uma outra realidade me entristeci.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Meu banho de hoje

Depois de um dia mortificante e entediante de trabalho diário, dei-me ao luxo de banhar-me em águas quentes.
Fechei a porta do box e fechei meus olhos para não escorrer sabão, quando veio-me pensamentos de reflexão sobre minha vaidade.
Então por quê um sabonete esfoliante, um outro de rosas, um outro sabonete líquido íntimo.
Depois creme para as pernas, barriga, nádegas, seios, rostos, todo o corpo até os pés.
Limpei o suor do espelho e vi a minha face triste e envelhecendo com o tempo.
Então amanhã enquanto estiver em trânsito, indo às compras ou voltando para casa, poderei sofrer um acidente, mesmo em casa, dormindo...talvez um mal súbito, e pronto.
Lá estarão todos os meus cremes franceses, shampos importados, sabonetes l'occitane e eu? 
Quem serei "eu"? De que valeu afinal tanta vaidade e cuidado, para quê?
Amanhã minha pele tão bem tratada será comida pelos vermes ou queimada pelo fogo.
E lá estarão todos os meus adornos encaixotados, depois vencidos e esquecidos...ou doados à outro ser humano, quem sabe.
Pronto sou eu um robô? Não sei...não sei  mesmo o que sou. Apenas cansada de tudo, e nem no banho consigo parar de pensar...