Ontem seguia noite à dentro em meu carro, enquanto ouvia nossa música.
Doeu fundo ao lembrar das nossa trocas de mensagens, tão doces e verdadeiras,
Tornando uma modernidade como o celular algo poético,
Como se fossem cartas escritas à pena.
Senti-me perdida e mais só do que nunca.
Acendi meu cigarro de cravo que misturou-se ao aroma do perfume Burberry.
Há quanta falta da época em que podia dançar na fumaça dos inúmeros cigarros,
Embalados pelo som do Dead Can Dance, Cocteau entre outros...
E o cheiro que ficava nos cabelos depois...era bom demais.
Senti a presença dele ainda mais forte e próxima, todas as noites frias, ainda mais.
As mãos magras, pele branca e fria, mas quando colocadas sobre as minhas,
Tornavam-se quentes e aconchegantes.
E este tempo, a escuridão das noites...e sua ausência.
Me torturo porque estou envelhecendo e não o tenho.
Vivo destas lembranças para poder continuar.
Sinto-me fraca pelo tempo cruel, cada vez mais.
Não me deixe nunca!
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