Ao ler sobre como funciona um formigueiro e mediante o fluxo de ideias do meu cérebro, percebi que há uma similaridade grandiosa entre eles.
Desde quando acordamos até o momento em que dormimos, nossas ideias trabalham sem parar, não havendo um dia sequer que consigamos estagnar, tendo por consequência, um trabalho contínuo em busca de algo que nunca chega...
Mas este "algo" que nunca chega está atrelado a paz interior.
Paz que, num todo humanístico, pessoal, profissional, enfim, tudo que remete a esta mesma palavra " nos causa um vazio eterno.
Uma vida que é regida por fatos, para cada ser de um jeito diferente, mas que são tão pesados e que nos trazem indagações o tempo todo.
Obviamente que o trabalho em esclarecer os porquês para tantos dissabores é uma constante e torna cada vez mais difícil o caminho em direção a tão clamada "paz de espírito".
Uma das perguntas que sempre faço ao meu eu e nunca tenho uma resposta é: por quê sempre fiz coisas boas para as pessoas e sempre tive como resposta coisas ruins para mim?
Mas será que foram atos reconhecidos como bons por tais pessoas?
Houve reconhecimento por parte delas?
Bom ainda que a ingratidão alheia seja cegada por egoísmos próprios, o universo, ora emanado por energias não terá visto também?
Talvez seja a mesma questão feita para maioria das pessoas.
Penso sempre na questão bíblica: "Ame ao próximo como a ti mesmo".
Se não foi isso que fizemos em nossa vida toda?
Mas creio que houve sim, uma certa confusão de nossa parte, pois as vezes que amávamos ao próximo, esquecia-mo-nos de nos amar.
Então como ficava a parte do "como amar a ti mesmo"? Percebem?
Deixamos de lado esta parte bíblica, e fomos punidos drasticamente, todas as vezes pela nossa má interpretação de tal preceito. E a culpa fora única e exclusivamente nossa, haja vista que somos responsáveis pelos nossos atos.
Porém não deveria o próximo ter percebido tal ato? E o universo? E a bendita e tão falada "lei do retorno"?
Então, são nestes momentos que deixamos nossa fé vacilar, questionamos, choramos, desesperamo-nos, pois são muitas as facadas da vida, sem nenhum alento, sem sossego.
Durante determinada fase, pensamos que quando erramos por tomar caminhos, podemos retomá-lo em direção ao caminho certo, mas temos tempo para fazer tal caminhada.
Entretanto, quando chegamos numa fase já madura, e após tanto andar, correr, já não aguentamos mais tantos buracos, tropeços,,,não temos mais tanto tempo assim, fazemos o quê?
Continuamos tentando...então o paralelo entre a mente e o formigueiro; ou seja, um trabalho contínuo, pesado e que nunca para, uma vez que sempre teremos este buraco em nossas almas, ou o que estudiosos chamam de vazio interior.
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