Sou como um rio poluído,
Sem cor, correnteza ou vida.
Sabe, nasci assim; puro, claro,
Mas logo veio o homem,
Iludindo-me matreiro, egoísta.
Tão logo corri para ele,
Me perdi, escoei e sequei.
Tentei desesperadamente
Buscar por um último respiro.
E lá nas profundezas
Das minhas entranhas talvez,
Um vestígio, uma fonte de prazer.
Mas quando pensei estar conseguindo,
Veio a sua imagem utópica, cálida e fria
Escoei, chorei,sofri.
Hoje depois de tanta sujeira
Jogada e mantida por ti
Tenho águas escuras, sem vida,
Simplesmente, morri.
(Por Ana Paula L. 04-01-2017)
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