Estava ali: parado, estático,
Tentava falar, gritar mas não conseguia.
Um desespero inominável tomou conta de mim.
Mas havia um peso sob meu corpo.
Meus lábios enrijecidos não abriam
Tentei, tentei, mas nada adiantava
Parecia estar num palco de teatro;
Pessoas vinham e iam a todo momento
Alguns me tocavam nas mãos, outros na face,
Uns choravam, outros riam levemente,
Mas eu continuava ali, sem nada entender.
Desisti por cansaço e me entreguei ao sono.
Era um sono estranho demais; dormi, mas só que não.
Repentinamente voltei, então falei, mas ninguém ouviu de novo.
Eis que as luzes se apagaram,
As cortinas fecharam,
E num súbito, percebi, morri!
(Pour Anna Paula L. - 17/04/2015)
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