quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AGRADECIMENTO ESPECIAL

Não sei se há alguma ligação com outras vidas ou se fiz algo surpreendente e tive a melhor escolha.
Apenas sei que consegui ter como pai e mãe os melhores.
Sempre estiverem ao meu lado...momentos extremos, tristes e alegres...dando apoio e enxugando minhas lágrimas, e mesmo quando não concordaram com atitude ou pessoas erradas, ainda são estavam ali, segurando minha mão.
A vida nos dá muitos presentes, mas o que ganhei de mais especial foi ter nascido deste casal iluminado.
Conquistei meu diploma superior entre outras conquistas com o apoio integral destes seres, que posso chamar de anjos.
Palavras são muito pouco para expressar o quanto eu os amo e sou grata por tudo, tudo mesmo.
Este diploma é de vocês papai e mamãe. Amo demais vocês dois. Obrigada!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Medo e vazio - reflexões noturnas


Sabe aquele vazio que todo ser humano tem e não sabe o por que?
Passa a vida toda e entra em crise de depressão e não consegue de fato saber o que acontece?
Parece que estou descobrindo o meu grande vazio...medo.
Esta noite me peguei chorando enquanto lia e preparava meu grande projeto que nem sei se é tão grande assim, mas enfim, surgiu um lampejo e percebi o quanto eu tenho medo.
Tenho medo de não ver mais pessoas que gostaria de vir, de ir a lugares que sempre sonhei, ter coisas que desejei, o físico que gostaria de ter e o tempo passando...
De madrugada quando o silêncio toma conta esta noção do tempo passando é ainda mais presente e é marcado pelo "tic tac" do relógio velho pendurado na parede.
Engraçado pensar que as coisas todas ao redor envelhecem vão criando poeira, teia de aranha...mas estarão ali eternas, há não ser que alguém deteriore de alguma forma. Mas não que o tempo faça o mesmo que faz com a gente.
As coisas ficam e nós morremos. E os nossos sonhos? Também morrem?
Aí é que está a grande resposta da vida para a morte: "NÃO"
Sabe por que não? Porque quando se quer muito algo você luta com todas as forças até que o sonho deixa de ser sonho e se torna realidade.
Desta forma seja lá qual for a dificuldade que esteja passando não deve ter medo.
Quando deixamos o medo tomar conta nos acovardamos perante a vida e perdemos a chance de lutar pelos nossos ideais e dai eles se transformam em sonhos e nos deixam num estado de dormência, que rima até com demência, o qual nos ausentamos daquilo que queremos e criamos uma utopia de nada.
Um vazio criado em cima de outro vazio. E assim sucessivamente.
É muito difícil lhe dar com certas situações, mas quem disse que a vida é fácil?
E mais ainda...quem disse que a morte é fácil?
Haja vista tais circunstâncias o melhor que temos a fazer é não desistir, tentar até a última gota de suor.
Quando agimos com a força de toda nossa alma vencemos, ainda que demore.
Tenho um exemplo muito forte: quando a saudade de alguém que esteja ausente bate mais forte, penso tanto e fecho os olhos direcionando meu coração, mente e alma na imagem e lembrança daquela pessoa e o resultado é instantâneo...consigo captar a essência dela e de um jeito ou e outro falo com ela.
Com tudo o que desejamos do fundo da alma também funciona assim.
Mas é um trabalho árduo que temos que traçar conosco mesmo para captar esta energia que temos implícita em nós e ceifar o querer até o mesmo virar o ter.

(Pour Anna)

Dark Sanctuary - Laissez Moi Mourir


Enquanto isso...num momento só meu  ouço o que há de melhor da música underground.
Para os amantes das madrugadas solitárias regadas de leituras e filosofia segue a dica..."deixe-me morrer!" traduzindo do francês para o português.
Me fez lembrar de alguém...

Pour Anna

Soneto de Separação - Vinícius de Moraes


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Não sei nem como descrever a profundidade destas águas de poesia que este ezímeo poeta nos proporcionou.
No entanto confunde-me a mente, e não sei ao certo se as palavras agrupadas numa intensidade de sentimentos transformam-se em música...
Soa-me neste soneto tanta dor do mal que o tempo marcado por "De repente" uma surpresa triste daquilo que um dia foi certo, e que abruptamente já não é mais.
Então a nossa vida não está permeada de "de repentes"?
O amor que de repente vira ódio...a alegria que de repente vira tristeza...a presença que de repente virá ausência.
Finalizo agora, não mais do que de repente que somos isso...uma utopia lançada pelo tempo e que ora está de um jeito, ora de outro, mas nada é certo, afinal.
De repente tudo acaba, mas quando de fato começa?

Pour Ana Paula L.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

A Educação e suas faces problemáticas no Brasil


Em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e seu crescimento em termos de rede pública de ensino se deu no fim dos anos 1970 e início dos anos 1980.
Podemos nos voltar aos dados nacionais, sendo que o Brasil ocupa o 53º lugar em educação entre 65 países avaliados (PISA). 
Mesmo com o programa social que incentivou a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, 731 mil crianças ainda estão fora da escola (IBGE). 
Ainda temos a questão do analfabetismo funcional de pessoas entre 15 e 64 anos foi registrado em 28% no ano de 2009 (IBOPE); 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização ainda não conseguem ler (Todos pela Educação); 20% dos jovens que concluem o ensino fundamental, e que moram nas grandes cidades, não dominam o uso da leitura e da escrita (Todos pela Educação). Professores recebem menos que o piso salarial (et. al., na mídia).
Mediante esta estatística assustadora, muitas pessoas podem tornar-se críticas e até indagar com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. 
Mas talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma, no entanto, podemos notar que a evolução da sociedade, de certo modo, faz com que a escola se adapte para uma vida moderna, mas de maneira defensiva, tardia, sem garantir a elevação do nível da educação.
Logo, agora não mais pelo bom senso e sim pelo costume, a “culpa” tenderia a cair sobre o profissional docente, ou seja, os professores se tornam alvos ou ficam no fogo cruzado de muitas esperanças sociais e políticas em crise nos dias atuais. 
As críticas externas ao sistema educacional cobram dos professores cada vez mais trabalho, como se a educação, sozinha, tivesse que resolver todos os problemas sociais.
Já sabemos que não basta, como se pensou nos anos 1950 e 1960, dotar professores de livros e novos materiais pedagógicos. O fato é que a qualidade da educação está fortemente aliada à qualidade da formação dos professores. Outro fato é que o que o professor pensa sobre o ensino determina o que o professor faz quando ensina.
O desenvolvimento dos professores é uma precondição para o desenvolvimento da escola e, em geral, a experiência demonstra que os docentes são maus executores das ideias dos outros. 
Nenhuma reforma, inovação ou transformação – como queira chamar – perdura sem o docente.
É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, caberia considerar os professores como sujeitos. Sujeitos que, em atividade profissional, são levados a se envolver em situações formais de aprendizagem.
Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, feita de cima para baixo, e se converter em um verdadeiro processo de aprendizagem, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.
Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário. 
Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. 
Sem citar o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão – não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares – e também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas?”; ou que não veem problema “em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem”.
Reflexão:
É comum vermos notícias criticando a educação ou os atores que compõem o cenário, no caso os docentes.
Ocorre uma espécie de "passar a bola" ou seja, jogar a culpa de um para o outro, enquanto isso a situação piora a cada dia e nada de fato é feito.
Muito cômoda a situação já que a grande massa da população, como de "praxe" é a maior prejudicada.
Não preciso nem falar sobre a questão da manipulação em face da ignorância de muitos.
Enfim esta notícia que li no site da InfoEscola, o qual tenho respeito e admiração diz algo além do que costuma ser noticiado.
Mas ainda me intriga o que será feito para melhorar esta estatística alarmante em nosso país.
Pessoalmente creio que uma luta individual é importante e basta apenas amar o que se faz para fazê-lo e disseminar a luta apenas fazendo o melhor do seu trabalho que é ensinar e aprender, sempre neste constante processo.