Quando você vê alguém próximo, um amigo mesmo perdendo o controle de coisas simples como levantar um garfo para comer, levar até a boca uma caixinha de suco ou perder palavras simples em meio a um nada de pensamentos, você pensa: "o que é a vida...para que estou trabalhando hoje se amanhã uma doença terrível poderá me acometer e acabar com tudo, assim de repente?"
Nossa isso faz você refletir mais sobre o que está fazendo da vida, o que realmente vale à pena e se vale à pena alguma coisa.
Não sei, mas após visitar este amigo no sábado, voltei pra casa muito pior do que costumo estar normalmente, e me parece que o gosto da comida era melhor, o pegar do copo, o sorriso da criança, o banho tomado, o urinar...tudo que parece tão simples, mas que na verdade é tão lindo de se fazer.
Não sei se amo a vida ainda mais ou a odeio ainda mais.
Ao que me parece somos fantoches nas mãos do destino ou sabe-se lá o que?
Não sei ao certo se Deus existe e nem por que escrevo "Deus" com letra maisúscula...simplesmente não sei.
Acontece que ninguém sabe de nada o que existe, o que não existe.
A única coisa que sei é que o sentimento verdadeiro não morre nunca.
Não importa o tempo, a distância, a doença, nada de nada.
E o verdadeiro também é único para cada um. Existem pessoas que questionam o que é verdade e o que não é. Aliás tudo é questionável.
Mas eu sinto que morrerei sentindo amor de verdade e sofrendo sempre pela tristeza do mundo que me afeta de forma absurda.
Me doei e dediquei a muitas pessoas e alguma em especial sem querer nada em troca, mas hoje me vejo sozinha de verdade e o quanto me faz falta alguém que me ame de fato, mas não o tenho. Criei ilusões de uma beleza passageira de uma inteligência falsa e de falsos amores.
Nem ao menos uma palavra amiga eu tenho e também não a quero.
Sou amiga do nada e não tenho nada há não ser eu mesma.
Natal...que Natal? Consumismos sem fim, parentes hipócritas, desejos de feliz natal de pessoas que mal falam com você o ano todo. Sabe pra mim chega!
Me assumo exclusa da sociedade capitalista e sozinha por natureza.
De uma vez por todas dançarei com a minha própria sombra o resto dos meus vazios dias e noites mau dormidas até que a perda de consicência chegue e me leve docemente pelos corredores escuros da morte, assim como está fazendo com meu amigo querido.
Espero que se deus realmente existe que ele faça a parte dele e dê o descanso merecido para alma tão doce e querida como é a do meu amigo.
Um Natal triste e cheio de dor e sombras para todos os seres humanos.
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