Tive tanto medo esta madrugada...o vento soprava tão forte...
Me senti insegura perante às forças da natureza.
Foi como no pesadelo que tive semana passada:
Um helicóptero perdia o controle, explodindo...
Seus estilhaços, hélice e restos em chamas adentraram minha varanda,
Então acordei em pânico, foi muito real e doloroso.
Mas a noite de ontem tive a mesma impressão,
De estar vivendo dentro de um pesadelo, mas acordada.
Meu morcego de sinos balançando pra lá e pra cá,
As plantinhas indefesas...
Não tive coragem nem de olhar...
Não conseguia dormir com o ruído
Parecia uma canção fúnebre
E dizia meu nome às vezes.
Lembrei-me das tardes de domingo
Naquele lindo jardim da morte
Onde as estátuas observadoras
Testemunhavam agradáveis momentos.
Na maioria das vezes uma ventania
Se fazia presente nos corredores estreitos,
E as folhas secas caiam, algumas voltavam comigo,
Outras preferiam cotinuar ali, jazendo, natureza morta.
Estranhava-me que aquele "vento" era de lá somente.
Alguns destes dias nem ao menos
Tinha-se sinal de um ventinho lá fora.
De fato esta lembrança trouxe-me os ventos de volta.
Mas o vento não é bom...existe algo muito oculto nele.
Eu o temo, mas gosto de falar dele, sempre.
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