quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vento da morte

Tive tanto medo esta madrugada...o vento soprava tão forte...
Me senti insegura perante às forças da natureza.
Foi como no pesadelo que tive semana passada:
Um helicóptero perdia o controle, explodindo...
Seus estilhaços, hélice e restos em chamas adentraram minha varanda,
Então acordei em pânico, foi muito real e doloroso.
Mas a noite de ontem tive a mesma impressão,
De estar vivendo dentro de um pesadelo, mas acordada.
Meu morcego de sinos balançando pra lá e pra cá,
As plantinhas indefesas...
Não tive coragem nem de olhar...
Não conseguia dormir com o ruído
Parecia uma canção fúnebre
E dizia meu nome às vezes.
Lembrei-me das tardes de domingo
Naquele lindo jardim da morte
Onde as estátuas observadoras
Testemunhavam agradáveis momentos.
Na maioria das vezes uma ventania
Se fazia presente nos corredores estreitos,
E as folhas secas caiam, algumas voltavam comigo,
Outras preferiam cotinuar ali, jazendo, natureza morta.
Estranhava-me que aquele "vento" era de lá somente.
Alguns destes dias nem ao menos
Tinha-se sinal de um ventinho lá fora.
De fato esta lembrança trouxe-me os ventos de volta.
Mas o vento não é bom...existe algo muito oculto nele.
Eu o temo, mas gosto de falar dele, sempre.

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