domingo, 17 de junho de 2012

Existência do nada que sou



Quando estamos perdidos
Numa realidade que parece não ser nossa,
Tudo se torna mais difícil e pesado.
Então você acorda e dorme
E os dias parecem ser iguais
Nada muda.
Você está cego pela escuridão da vida
Não enxerga mais o sol, apenas o cinza dos céus.
Então o sorriso vai ficando escondido
Perde-se a vontade de manter os olhos abertos...
Para quê? Se você não enxerga?
Vem o sonho e nele uma pequena mostra de esperança
A esperança de um dia voltar a ver:
O mundo como antes, a vida.
Tudo que ficou na lembrança e que parece estar esquecida.
Mas volta num lapso temporal de memória,
E sempre é perfeito, misterioso e único.
Minha existência é vaga neste mundo
Apenas o que tenho são minhas palavras
Silenciosas e que esboçam minha tristeza.
Grito minha saudade
Mas ninguém me ouve.
Choro por dentro e somente eu escuto
O soluço baixinho da dor de amar.
Ás vezes penso que alguém me escuta ao longe...
E só por isso que ainda escrevo.
Mais uma noite de sonhos não realizados
De uma vida não vivida
É isso que sou: uma existência nula de mentiras e solidão.

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