quarta-feira, 27 de junho de 2012

Qual a finalidade da dor


          A alma incitada pelo aguilhão da dor, se modifica e fortalece. É nos meios das provocações que se retemperam os grandes caracteres. A dor é purificação suprema, a fornalha onde se fundem os elementos impuros que nos maculam: orgulho, egoísmo, indiferença. É a única escola que se depuram as sensações, onde se aprendem a piedade e a resignação estóica.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Música da semana

Música para se ouvir repetidamente a semana toda de inverno. Adoro esta banda e atenho como uma de minhas favoritas.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Inverno da alma

 Chega o inverno, 
Que parece ainda mais frio
A cada ano ausente de ti.
E mais uma vez
O vento forte sopra,
Faz voar as esperanças,
E baixinho,
Quase que num sussurro,
Chama o teu nome.
Mas não tem resposta
Então vem a noite,
Junto com a garoa fina
Misturada com as lágrimas
E mais frio fica
Este cadáver que jaz
Chamado amor,
Abraçado à morte.
Ambos eternos em dor e solidão.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

terça-feira, 19 de junho de 2012

Eu comigo mesmo



O filósofo de origem indiana diz que quem comanda nossa vida é o nosso cérebro, que estabelece uma relação deturpada entre quem observa e a coisa observada.
Ao estabelecer essa divisão, a pessoa perde a capacidade de ver, pois o lado de fora está sempre em movimento e o de dentro parado, criando uma divisão entre o fato e a versão.
Segundo ele, nossa mente é entorpecida, viciada e só consegue analisar os fatos com nossas perspectivas passadas.
Krishnamurti não estabelece um método (tem horror a eles), pois acha que qualquer metodologia serve para nublar a mente.
O importante é apenas olhar como olhamos.
ao invés de procurar olhar para fora, olhar para como olhamos, que seria uma forma de acalmar esse “ser que olha que é e, ao mesmo tempo, não nos representa”.
E assim conseguir ver diretamente, ou o mais diretamente possível.
O simples exercício de estabelecer essa divisão:
  • Alguém que olha por mim;
  • O olhar sobre esse que olha por mim, nos acalma;
  • E nos permite, de algum ponto intermediário, ver, de novo, o novo.
Teríamos a possibilidade de criar um vão entre o trem a plataforma. 
Admitimos, assim, que somos, na verdade dois: um que olha automaticamente e pilota nossa vida – que muitos chamam de ego,  piloto automático, caixa; E outro dentro de nós, que olharia para esse de fora – vou chamar esse conflito de embate permanente entre o falso e o verdadeiro-eu.
Apenas um embate sem vencedor.
Talvez, sejamos o resultado dessa luta – com um vencedor a cada minuto, hora, dia, semana, mês, ano, década, vida, enfim.
Somos mais ou menos eu mesmo a cada dia, sabendo sempre que nunca seremos totalmente o verdadeiro-eu o o falso.
Somos a luta e a taxa possível entre estes dois.
Tal ideia da divisão humana entre dois seres (um que olha por nós e outro que deveria olhar o que olha) e a harmonia dessa relação nos daria uma pista do que seria o amadurecimento.
Amadurecer seria a capacidade de perceber (de dentro para fora) como os condicionamentos da sociedade se armazenaram e como são ativados, em que circunstâncias para que possamos desarmá-los.
Tal exercício permanente nos permitira ver o mundo de forma diferente e não mais sempre com olhos do passado, dogmaticamente.
Impedindo de ver de novo, o sempre novo, a partir da ideia de que o rio nunca para de correr.
Muitos consideram que esse “pilotice” automática é algo inerente ao ser humano e irrreversível.
São nossas neuroses, nosso círculo vicioso, que poderia ser mais ou menos consciente, intenso, a nos levar a cometer mais ou menos insanidades.
Seríamos sempre guiados pelos nosso condicionamentos, que nos ajudaram e ajudam a sobreviver.
A sociedade é conservadora para sobreviver – um conjunto de falso-eus ambulantes.
(Será que aquele filme Zumbilânida é uma sátira a isso?)
Nascer e ser civilizado tem um preço, que nos leva a reprimir e criar uma máscara social para recebermos lascas de amor.
Portanto, não somos amados pelo que somos, mas pelos que os outros gostariam que nós fôssemos. Viramos o que as pessoas querem, apesar da raiva e dos problemas que isso causa nas nossas vidas.
Reflexão:
Ao termos uma oportunidade da vida e pararmos e olharmos para nós mesmos, conseguimos reparar algum erro que poderia ser fatal no futuro.
Devemos em todas as atitudes olhar no espelho e vermos no nosso reflexo, o quanto somos responsáveis por tudo o que somos, temos.
Desta forma paramos de culpar o destino pelas nossas desgraças, e passamos a tentar lutar para conquistar os nossos ideais e sonhos.



domingo, 17 de junho de 2012

Existência do nada que sou



Quando estamos perdidos
Numa realidade que parece não ser nossa,
Tudo se torna mais difícil e pesado.
Então você acorda e dorme
E os dias parecem ser iguais
Nada muda.
Você está cego pela escuridão da vida
Não enxerga mais o sol, apenas o cinza dos céus.
Então o sorriso vai ficando escondido
Perde-se a vontade de manter os olhos abertos...
Para quê? Se você não enxerga?
Vem o sonho e nele uma pequena mostra de esperança
A esperança de um dia voltar a ver:
O mundo como antes, a vida.
Tudo que ficou na lembrança e que parece estar esquecida.
Mas volta num lapso temporal de memória,
E sempre é perfeito, misterioso e único.
Minha existência é vaga neste mundo
Apenas o que tenho são minhas palavras
Silenciosas e que esboçam minha tristeza.
Grito minha saudade
Mas ninguém me ouve.
Choro por dentro e somente eu escuto
O soluço baixinho da dor de amar.
Ás vezes penso que alguém me escuta ao longe...
E só por isso que ainda escrevo.
Mais uma noite de sonhos não realizados
De uma vida não vivida
É isso que sou: uma existência nula de mentiras e solidão.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Sonhos

Algumas vezs quando sonhamos, 

Vivemos uma vida paralela,

Onde nossos desejos e vontades se realizam.

São nestes momentos que ainda acreditamos na  vida.

Mais uma noite fria e chuvosa,

Acordei com lágrimas no rosto

E nao soube distinguir se era chuva ou não.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Defesa da integridade usual do português

Em defesa da integridade e uso correto da língua portuguesa, eis a questão.
Atualmente temos como correto o uso do português coloquial, entretanto quando fazemos uso no dia-a-dia de uma linguagem errada, em termos gramaticais, acabamos adquirindo o vício de linguagem errado também.
Uma vez que nos viciamos ao erro, cometemos sem percebê-lo e nos tornamos usuários conscientes de uma escrita e fala inadequada para situações mais formais.
Tais colocações inadequadas do português não passam de "modismos", e como todo "modismo" não perdura por muito tempo, estando por ali apenas por aquele determinado período. E o que não se pode aceitar é que tais "modismos" tornem-se permanentes perante nossa língua portuguesa.
Oras, já nas basta termos que  conviver com letras de música terrivelmente vulgares e apológicas, temos também que aceitar o uso incorreto do português errado ensinado para nossos filhos, sobre o pretexto de que a realidade do aluno deve se aproximar da escola?
Não!!! Mil vezes não!
Temos que ensinar o correto, ou seja, o uso do português padrão, formal, pois o nosso país está crescendo economicamente sim, mas ainda permanece em 42º lugar no ranking da educação.
Isso é uma vergonha! Só conseguiremos estabilizar a economia do nosso país se o governo investir mais na educação do país, desde a melhora no ensino até os salários injustos pagos aos educadores.
Doravante mestres letrados e portanto, deveriam ser mais respeitados profissionalmente.
Participei do seminário na última sexta-feira, 01 de junho de 2012 na Academia Paulista de Letras e o assunto deste dizia respeito exatamente ao uso correto da língua portuguesa.
Pessoas especiais e respeitadas no meio literário e educacional estavam presentes, exemplos de Becchara e Lígia Fagundes Telles, e todos sem lutando, teorizando e defendendo o uso do português padrão, correto.
A frase que me marcou e inspirou-me a escrever um pouco sobre o assunto foi a seguinte:
"A língua culta nos dá instrumentos para cumprirem os deveres existenciais."
Encerro por aqui minha reflexão, e deixo minha posição favorável à execração do português coloquial e ensino do português padrão.

Dalton Trevisan


O escritor curitibano Dalton Trevisan foi anunciado nesta quarta-feira como vencedor do Prêmio Machado de Assis 2012, o mais importante concedido pela Academia Brasileira de Letras. Dalton foi contemplado pelo conjunto de sua obra e vai receber o prêmio de R$ 100 mil em julho.

A comissão julgadora do Prêmio foi formada pelos Acadêmicos Eduardo Portella, Lygia Fagundes Telles, Tarcísio Padilha, Sergio Paulo Rouanet e Geraldo Holanda Cavalcanti. No parecer da comissão, Trevisan foi elogiado por ser "um contista personalíssimo navegando contra a corrente institucional do conto", “um dos mais importantes narradores da ficção brasileira contemporânea” e “portador de uma linguagem predominantemente interiorizante, porém sensível às movimentações sociais".
Na categoria ficção, o vencedor do Prêmio ABL 2012 foi o autor Alberto Mussa, com o livro "O senhor do lado esquerdo" (Record); Ricardo Leão, poeta e crítico literário maranhense, ganhou o prêmio de melhor livro de poesia com a obra "Os atenienses, a invenção do cânone nacional" (Ética). Os vencedores das outras categorias ainda não foram divulgados. 
Em 2011, o vencedor do grande Prêmio da ABL foi o historiador Carlos Guilherme Mota. Dentre vencedores do Machado de Assis estão os escritores Ferreira Gullar, Autran Dourado, Roberto Cavalcanti de Albuquerque, Antonio Torres, Wilson Martins, entre outros. O Machado de Assis é o segundo grande prêmio de relevância literária recibido por Trevisan este ano. No mês passado, o autor, reservado e avesso à entrevistas, venceu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Song of the stars

Hoje é o que estou ouvindo...é o tipo de música que nos leva a infinitos caminhos de tudo e de nada.

Simplesmente maravilhoso. Sempre Dead Can Dance.

"Meu reino por um parêntese"

Para saber se você acertou no uso dos parênteses e demais sinais de pontuação, faça o seguinte:
Imagine que os parêntes querem "abraçar-se" ou "beijar-se". A vontade é tanta que um sai ao encontro do outro, pulverizando o que há entre eles. Quando se encontram, saem de mãos dadas pelo mundo e abandonam o texto em que estavam. 
Pois bem, o que sobrou tem que fazer sentido, manter a estrutura, etc.
Exemplo: "Fulano de Tal, suspeito da morte de Fulano de Tal, entregou-se..."
Note que quando se usam parênteses, a vírgula que se põe depois de "suspeito da more de Fulano de Tal" vai para depois do segundo parêntese.

Nota:
Texto com mais uma dica de como acertar pontuações na língua portuguesa, tirado do jornal folha de sp escrito por Pasquale Cipro Neto.

Reflexão:
É importante sempre nos atualizarmos para manter nossas mentes ocupadas de bons conteúdos linguísticos e literários.