Nosso dia a dia é permeado de conflitos internos e externos.
Na verdade, o mundo moderno é uma crise de subjetividade; nós nos perdemos, por medo de nos perder, erramos por medo de errar e deixamos de viver, porque simplesmente estamos sempre buscando algo subjetivo.
E por que não conseguimos nunca alcançar aquilo que queremos?
Porque não sabemos de fato o que queremos.
No decorrer de nossas vidas, geralmente quando estamos próximos de descobrir o que de fato, nos faria completos, quase sempre é tarde demais e daí somos abraçados pela certeira morte.
Não é pessimismo, mas sim realismo; oras, se não é certo que nascemos? Então, vivemos, e logicamente um dia, haveremos também de morrer.
Por medo de ficar só, pessoas buscam constantemente por algo.
São vários "algos", e poderia escrever uma centena deles, desde crenças religiosas, baladas, sexo, drogas, ou seja, há uma infinidade de coisas que servem para nos vendar no percurso de nossas vidas.
Em especial, falo de pessoas que creem estar no controle de suas emoções e que procuram por um conhecimento que é "aeternus".
Mas é no mínimo irônica tal busca, haja vista que o caminho incessante pelo tal conhecimento, além de efêmero, algumas vezes também é linear, e como já disse antes, eterno.
A própria natureza da palavra busca por si só, já se autodefine como algo que nunca termina, está sempre num constante movimento de buscar.
E, isso leva a crer que quaisquer caminho de buscar por algo, leva sempre a continuar buscando, ou seja, não tem fim.
Termina que o medo da solidão leva diretamente à solidão.
(Por Ana Paula L em 08/04/2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário