quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Análise do bem e do mal na obra: Grande Sertão Veredas

ANÁLISE DO BEM E DO MAL NA OBRA LITERÁRIA - GRANDE SERTÃO: VEREDAS
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O bem e o mal na obra Grande Sertão: Veredas
O bem e o mal na obra Grande Sertão: Veredas
O principal alvo de análise na obra de Guimarães Rosa envereda-se por caminhos que nos levam muitas vezes a crer que o bem é o mal e o mal é o bem.

E quando nos questionamos a respeito deste enveredamento de sentimentos no decorrer da história, pensamos que talvez não tenha sido mero acaso o autor ter intitulado a história de “Grande Sertão: Veredas”.

Antes de adentrarmos no tema principal de nossa pesquisa, gostaríamos de falar um pouco mais sobre alguns aspectos desta grande obra brasileira.

A linguagem utilizada na obra é de uma originalidade singular e os padrões de escrita são diferenciados e tornam a leitura mais difícil.

Os gêneros literários são complicados de serem encontrados, pois além de ser uma obra longa está disposta sem a ordem disposta em capítulos que servem para ordenar, e neste caso para identificar o tempo por exemplo, o que pode ser feito é separar alguns fatos mais importantes, marcantes no enredo.

Ocorre um diálogo entre o personagem Riobaldo e o interlocutor não manifestado diretamente de forma que só é possível a identificação pelos comentários do próprio Riobaldo.

Ao olharmos para este diálogo na obra cabe citar a seguinte fala de Backthin: “O romance caracteriza-se pela consciência do dialogismo, pelo trabalho sistemático com o jogo de vozes simultâneas num mesmo enunciado.”

Podemos considerar o texto de Guimarães Rosa anti-aristotélico por tratar-se de uma descrição variada de situações as quais o sertanejo expressa uma ignorância da realidade, além de ser um local paupérrimo que é o sertão, tratando de uma deformação presente no Brasil.

E mais uma vez cabe citar uma fala do autor russo Backthin: “A poética de Aristóteles, bem como as outras, apesar de todas as diferenças e nuances expressam as mesmas forças centrípetas da vida social, linguística e ideológica, servem a mesma tarefa de centralização e unificação das línguas européias”.

Para cada tempo, cultura e espaço defende-se uma determinada ideologia e que a intenção sempre consiste a mesma que é manter o seu poder sobre os outros.

Esta obra tem uma característica polissêmica de muita importância, pois é a partir deste ponto que buscamos os vários sentidos e significados que podem vir a ser encontrados e com isso tomarmos nossas próprias conclusões.

Artigo por Ana Paula Lacalendola - segunda-feira, 17 de junho de 2013.
Esta apresentação reflete a opinião pessoal do autor sobre o tema, podendo não refletir a posição oficial do Portal Educação.

COLUNISTA

domingo, 11 de setembro de 2016

Reflexão sobre a cura é o amor



A cura tem início quando o paciente se ama e passa a amar o seu próximo.
Processo profundo de evolução do espírito.
A cura não não se restringe só em tomar o remédio, mas também depende do amor.
Na verdade a cura começa quando nós estamos nos amando e a partir disso passamos a amar nosso próximo.
A saúde depende da atividade de células e órgãos. No entanto, no campo da Psicossomática; as células e órgão são muito afetados pelos processos da mente (pensamentos, emoções) a ponto de os cientistas afirmarem que não há nenhum sentimento que não seja compartilhado pelas células do organismo.
Quando cultiva-se a coragem, otimismo, isso tem impacto fundamental na reconstrução das nossas células.
Se você está depressivo, apático, triste, automaticamente isso repercute no seu físico, adoentando-o.
(Pour Ana Paula L.)





Literatura - Por Almeida Garrett: Inferno de Amar


INFERNO DE AMAR
Este inferno de amar — como eu amo! —
Quem mo pôs aqui n’alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida — e que a vida destrói —
Como é que se veio a ater,
Quando — ai quando se há de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que antes vivi,
Era um sonho talvez... — foi um sonho —
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? — Não sei;
Mas nessa hora a viver comecei...
(Almeida Garrett)