domingo, 14 de dezembro de 2014

Clamor de uma alma


O que queres me dizer?
Ouço sua voz me chamando...choras?
Queria ouvir esta música? 
Talvez o som faça-nos aproximar 
A linha tênue dos paralelos invisíveis
De amor e dor.
Vou ao encontro da luz e somes.
Então volta a escuridão e o timbre lamurioso
Tornam-se apenas ecos.
Sinto-me cansada...
Cansada demais para continuar.
Minhas costas estão pesadas
E o teu véu enconbre meu olhar triste; choro.
Um choro baixinho e escondido.
Nada mais quero fazer
E você, cadê?
Clama-me e dissipa-se no ar.
Um vento frio bate na minha face
Gela meu domingo, meu coração.
Noite triste e perdida, mais uma de uma vida inteira.
A vela, parece-me ser roxa sua cor preferida, ao menos hoje.
Incenso amadeirado com um toque doce e suave, ouço um pedido,
Veio do fundo de minha alma.
Será que estou enlouquecendo?
Fala comigo...por favor, alma perdida.

(Pour Anna - domingo triste e de garoa em São Paulo, enquanto olho para o fundo do meu eu e nada encontro a não ser uma criança perdida...)


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