quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Mecano

Certamente que trata-se de uma banda inigualável e com um público contado no Brasil.
No entanto, ao meu ver musical, são donos de uma sonoridade única.
Não consigo descrever em que tipo musical encaixam-se, mas claro que para "nata" do underground de São Paulo, satisfará plenamente.
Não acreditava que um dia pudesse ser testemunha deste show, mas este mês, serei.
Estou preparando-me pra chorar.
Quem não conhece, vale a pena...quem conhece...até breve!

Enjoy it!

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Curiosidade Gramatical: Acento Diferencial - tem e têm


A conjugação do verbo "ter" é "tem", no tempo presente, 3ª pessoal do singular. 
Exemplos: 
Ele tem diversos carros. 
Juliano tem de ir embora. 

"Têm" é a conjugação do verbo "ter" no presente, 3ª pessoa do plural.Ex: 

Eles "têm" diversos carros. 
Juliano e Luis "têm" de ir embora. 


Portanto tem (sem acento) usa-se no singular.
Já têm(com acento circunflexo) usa-se no plural.
Sem o acento diferencial não haveria como diferenciar as duas palavras.

sábado, 16 de agosto de 2014

Arcadismo ou Neoclassicismo - Literatura

O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, surgiu no continente europeu no século XVIII, durante uma época de ascenção da burguesia e de seus valores sociais, políticos e religiosos. 
Esta escola literária caracterizava-se pela valorização da vida bucólica e dos elementos da natureza. O nome originou-se de uma região grega chamada Arcádia (morada do deus Pan).
Os poetas da escola literária escreviam sobre as belezas do campo, a tranqüilidade proporcionada pela natureza e a contemplação da vida simples, desprezando a vida nos grandes centros urbanos e toda a vida agitada e problemas que as pessoas levavam nestes locais. 
As arcádias, reuniões as quais os árcades discutiam sobre artes, filosofia, usavam uma espécie de pseudo-apelidos: de pastores latinos ou gregos
No Brasil, o Arcadismo desenvolveu-se na segunda metade do século XVIII, em pleno auge do ciclo do ouro na região de Minas Gerais,  neste momento que ocorre a difusão do pensamento iluminista, principalmente entre os jovens intelectuais e artistas de Minas Gerais. 
Nesta região, que fervia culturalmente e socialmente nesta época, saíram os grandes poetas.

Principais poetas do Arcadismo brasileiro:

· Cláudio Manoel da Costa (autor de Obras Poéticas);

· Tomás Antônio Gonzaga (autor de Liras, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu);

· Basílio da Gama (autor de O Uraguai);

As principais características Arcadismo brasileiro são:

I. Quanto à forma:

. Linguagem simples;

· Frases na ordem direta;

· Manutenção do verso decassílabo, do soneto e de outras formas clássicas.

II. Quanto ao conteúdo:
· Valorização da vida no campo;

· Exploração do tema clássico do Carpe Diem (

· Crítica à vida nos centros urbanos (fugere urbem = fuga da cidade);

· Idealização da mulher amada;

· Valorização da cultura Greco-Romana;

· Pastoralismo/ Bucolismo;

· Ideais baseados em temas clássicos latinos.

Os temas clássicos valorizados pelos Árcades eram como ideais de vida e, por isso, estavam interligados. Observe os cinco principais temas e entenda o que queria dizer:

1. Fugere urbem (fuga da cidade): influenciados pelo poeta latino Horácio, os árcades defendiam o bucolismo como ideal de vida, isto é, uma vida simples e natural, junto ao campo, distante dos centros urbanos. Tal princípio era reforçado pelo pensamento do filósofo francês Jean Jacques Rousseau, segundo o qual a civilização corrompe os costumes do homem, que nasce naturalmente bom.

2. Carpe diem (aproveite o dia): o desejo de aproveitar o dia e a vida enquanto é possível. Tema já bastante explorado pelo Barroco e retomado pelos árcades, faz parte do convite amoroso (é necessário aproveitar a juventude para amar).

3. Aurea Mediocritas (vida medíocre materialmente, mas rica em realizações espirituais): é a idealização de uma vida pobre e feliz no campo, em oposição à vida luxuosa e triste na cidade. O “herói” árcade é o homem simples, modesto.

4. Inutilia Truncat (excesso inútil): opondo-se aos exageros do Barroco, sobretudo na linguagem, os Árcades pretendiam “cortar os excessos”, se expressando com mais simplicidade.

5. Tempus Fugit (a fugacidade do tempo): muito ligado ao carpe diem e ao fugere urbem, mostra a necessidade de sair do caos da cidade e aproveitar a vida no campo, enquanto se é jovem, pois o tempo passa e não volta jamais.


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O Simbolismo é um movimento que aprofunda e radicaliza os ideais românticos, estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas. 
Nasceu na França, no final do século XIX, em contraposição ao Realismo e ao Naturalismo. 
Teve um intenso contato com a cultura, a mentalidade, as artes e a religiosidade orientais, os artistas desta época mergulham nestes valores distintos do pensamento ocidental, mais racional, e espelham em suas criações esta outra visão de mundo.
Se apropria dos princípios românticos e os aprofunda de tal forma, que nem o romântico mais contagiado pelas raízes desta Escola o faria. 
Os simbolistas percorrem caminhos mais ousados e irracionais, recorrendo ao uso extremo dos símbolos e do misticismo, empreendendo rumo ao inconsciente uma jornada além dos limites extremos da razão, um mergulho nos recantos mais ocultos do inconsciente.
Adotavam uma visão pessoal e individualista da realidade, sem se ater muito aos princípios estéticos então vigentes. Isto lhes valeu o pejorativo apelido de ‘decadentistas’. 
Em 1886, porém, a publicação de um importante manifesto – ‘O Século XX’, do teórico deste movimento, Jean Moréas - deu ao movimento seu nome definitivo - simbolismo. Na França, esta escola está intimamente ligada às conseqüências da Revolução Francesa, que marcaram sua natureza sócio-cultural, e às teorias elaboradas pelo Romantismo e pelo Liberalismo.
Para os adeptos do Simbolismo, não basta sentir as emoções, mas é necessário levar em conta também a sua dimensão cognitiva. Esta é a real postura poética, segundo seus seguidores. Este movimento se reveste igualmente de um marcante subjetivismo, ou seja, de um teor individualista, em detrimento da visão geral dos fatos. A musicalidade é um de seus atributos que mais se destaca; assim, os simbolistas usam ferramentas como a aliteração e a assonância. Além disso, o Simbolismo revela-se um movimento de caráter transcendental, sempre resvalando para a imaginação e a fantasia, privilegiando a intuição para interpretar os dados do real, desprezando a razão ou a lógica.
Os sonhos são para os discípulos do Simbolismo ferramentas fundamentais para compreender experiências ancestrais do homem, em épocas nas quais prevaleciam sensações caóticas e anárquicas, que hoje são relembradas pelo sujeito apenas em suas experiências oníricas ou nas sessões psicanalíticas. Esta escola é essencialmente literária, pois realiza no âmbito da Literatura uma completa renovação.
Em Portugal o Simbolismo desembarcou no século XIX, com a publicação de “Oaristo”, de Eugênio de Castro, em 1890. No Brasil, em 1893, publicou-se “Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Sousa. Já a poesia simbolista não repercutiu no Brasil como o fez na Europa. Na França, o Simbolismo ganhou forças com a obra “As Flores do Mal”, do poeta Charles Baudelaire, em 1857.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Gramática - Vozes do Verbo




Segue abaixo definição e exemplos de uma parte da Gramática na Língua Portuguesa, geralmente lecionada no Ensino Médio.
Voz  é a forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação, sabendo-se que são três vozes verbais:

1- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

2-Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.

O trabalho foi feito por ele.
sujeito paciente ação agente da passiva

3-Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
O menino feriu-se.

Cuidado para não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.

Ex: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)

Formação da Voz Passiva

A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
Pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.

Voz Passiva Analítica

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.

A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele.

O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de:

A casa ficou cercada de soldados.

 Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase:

A exposição será aberta amanhã.

A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte:

O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)

Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares.

Por exemplo:
A moça ficou marcada pela doença.

Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.

O agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.