Na Idade Média centenas de
mulheres foram acusadas e mortas por bruxaria.
Será que você também não poderia ser uma delas nos dias
atuais?
Em Salem, Massachusetts, no ano
de 1692, ocorreram os últimos julgamentos por bruxaria. Neles, cerca de 150
pessoas foram presas e pelo menos 20 foram mortas, sendo a maioria delas
mulheres. Os assassinatos eram realizados com requintes de crueldade, queima em
fogueiras, afogamentos, enforcamentos etc.
Ficou com medo? A seguir, você
descobre se você seria acusado ou condenado por bruxaria segundo as leis do
Julgamento das Bruxas de Salem.
1. Você é mulher?
Durante centenas de anos, as
pessoas acreditaram que as mulheres fossem mais suscetíveis ao pecado do que os
homens e, obviamente, o pecado é uma clara indicação do culto ao demônio.
Estes traços foram implantados
pela igreja católica manipuladora, na mente fraca das pessoas necessitadas de
coisas materiais e emocionais para sobreviver, já que foi uma época muito
difícil em todos os sentidos.
Por favor amigos, não estou sendo
feminista, nem fascista ou nada do gênero, apenas colocando os fatos como
ocorreram e se refletiriam nos dias atuais.
Em Salem, 13 mulheres e cinco
homens foram condenados por praticar bruxaria. Todavia, historicamente os
números apontam uma taxa muito superior de moças acusadas do que de rapazes.
2. Você é pobre ou não pode se sustentar financeiramente?
Pobres, desabrigados e qualquer
pessoa obrigada a confiar na comunidade para se sustentar estavam entre os
grupos mais suscetíveis à acusação por bruxaria.
Por exemplo, Sarah Good,
enforcada em 1692, era extremamente destratada e vista com suspeitas por seus
vizinhos, pois andava de casa em casa implorando por um pouco de comida.
3. Você é rica ou financeiramente independente?
Pois é, na Idade das Trevas não
dava para ser nem tão rico e nem tão pobre quando comparado ao resto da
comunidade, caso contrário era forca na certa. Ainda mais se você fosse uma
mulher independente, segura e solteira vivendo sua vida sem nenhum suporte,
pois isso claramente indica que você também possui uma jarra de olhos de
lagartixa na dispensa.
Qualquer indicação de que uma
mulher pudesse viver sem a ajuda ou supervisão de um homem era vista com
suspeitas. Ela deveria ser isolada da comunidade – até, é claro, ela ser presa
e ter um julgamento. Entre os anos de 1620 e 1725, mulheres sem irmãos ou
filhos para compartilhar suas heranças corresponderam a 89% das execuções
femininas devido à bruxaria na Nova Inglaterra.
4. Você tem uma ou mais amigas?
Um grupo de mulheres reunidas
conversando sem um homem presente era visto como “uma irmandade para adoração
ao demônio”.
5. Você já brigou com uma ou mais de suas amigas?
Matthew Hopkins e John Stearne
foram dois dos maiores perseguidores responsáveis pela caça às bruxas.
Todavia, não demorou muito tempo
para que as próprias mulheres acusassem umas às outras de feitiçaria, sendo
essa uma maneira de retirar suas acusações.
Segundo o autor Elizabeth Reis,
“as mulheres eram mais suscetíveis às acusações de cumplicidade com o diabo e,
devido a tais convicções, elas eram levadas a imaginar que outras mulheres
também estivessem condenadas”.
6. Você discutiu ou se desentendeu com alguém?
O importante é lembrar que todo e
qualquer um pode acusar outra pessoa. E eles faziam isso mesmo, sem nenhum
remorso ou peso na consciência. Se você fosse acusado por praticar bruxaria –
independente de ela ser elemental, natural, branca ou negra –, também poderia
ser suspeito por ter sido visto voando pelado sobre a lua em uma vassoura
enfeitiçada.
7. Você é muito velha?
Idosas, tanto casadas quanto
solteiras, eram extremamente suscetíveis a acusações. Rebecca Nurse foi uma
senhora idosa de 70 anos e inválida quando foi acusada de bruxaria por seus
próprios vizinhos. Com 71 anos, ela se tornou a mulher mais velha a ser
acusada, condenada e morta por ser uma bruxa.
8. Você é muito jovem?
Dorothy Goode tinha apenas quatro
anos quando ela confessou inocentemente ser uma bruxa. Consecutivamente, essa
declaração atingiu sua mãe, Sarah, que foi enforcada em 1692. A garota ficou
presa durante nove meses e a experiência a deixou permanentemente insana para o
resto da vida.
9. Você é uma parteira?
Como essas profissionais em geral
eram idosas que possuíam status sociais, eram autônomas, possuíam influências
pagãs e conheciam diversas ervas medicinais, elas também eram vistas com
desconfiança pela comunidade do século XVII. A difamação da profissão servia
para demonizar as parteiras. Ou seja, essas mulheres representavam tudo o que a
igreja temia.
10. Você é casada e possui muitos filhos?
Se você possui um ventre fértil
demais, com certeza isso é obra de magia negra. Adicione a isso um jovem casal
que mora na sua vizinhança, mas que está tendo dificuldades para ter um filho,
e pronto: essa é uma prova concreta de que você está roubando os bebês, pois
você é uma bruxa.
11. Você é casada, mas não possui muitos filhos ou nenhum?
É certo que o diabo amaldiçoou
seu útero com infertilidade. Além disso, se o seu vizinho e seus seis filhos
estão passando necessidade, é porque que a sua inveja está batendo e fazendo
com que os coitados sofram.
12. Você apresenta um comportamento “estranho”, “teimoso” ou
“impulsivo”?
Deu chilique, fez escândalo ou
levantou um pouco a voz no meio da rua? Você é uma bruxa, com certeza. No julgamento
de Rachel Clinton, alguns de seus perseguidores a acusaram de não apresentar
uma postura amargurada, intrometida e mandona, como é esperado de qualquer
mulher. Uma moça tão de bem com a vida só podia ser uma bruxa, não é mesmo?
13. Você possui uma marca de nascença, sinal ou terceiro mamilo?
Qualquer um desses sinais no
corpo podia ser interpretado com uma marca do demônio. Além disso, esses também
eram os locais em que a mascote da bruxa – geralmente um cachorro, um gato ou
uma cobra – morderiam para se alimentar do sangue maldito. As acusadas de
bruxaria eram depiladas completamente até que uma marca fosse encontrada. E
você se perguntando o que era aquela famosa pinta da Angélica.
14. Alguma vez o leite ou a manteiga já estragou na sua geladeira?
Em Salem, diversos testemunhos
mencionaram encontrar laticínios estragados na casa do acusado. Finalmente
chegou a hora de se preocupar com a higiene de sua geladeira e dar fim naquele
queijo podre.
15. Você manteve relações sexuais fora do casamento?
Se você respondeu sim para essa
pergunta, é melhor se jogar no fogo do inferno. Em 1651, Alice Lake, moradora
de Dorchester, foi julgada como bruxa por desempenhar o papel de uma “meretriz
e ter ficado grávida”. Sua culpa foi tão grande que eventualmente ela confessou
estar mancomunada com o capeta “durante a comissão de seus pecados”. Ela foi
enforcada no mesmo ano.
16. Você tentou adivinhar a identidade de seu futuro marido/esposa?
Não tem um dia em que você não
passe sem pensar em encontrar sua alma gêmea? Já brincou de “Com quem será… com
quem será que a fulana vai casar?” Fazer mandinga, promessa e acender velas,
enfim, tudo isso era prova de bruxaria. Tituba, uma escrava habitante de Salem,
incentivava as mulheres mais jovens a predizer a identidade de seus futuros
maridos, tornando-se assim a primeira mulher acusada de feitiçaria.
17. Você quebrou qualquer uma das regras da bíblia e resolveu fazer um
pacto com o diabo?
Se você chegou até o fim da lista
e ainda não se considera uma bruxa, provavelmente deve ser uma santa. Mas não
pense que você está a salvo: confira outras leis que os puritanos seguiam – ou
pelos menos tentavam. Quebrar qualquer uma delas podia levar a um julgamento
por bruxaria:
Não cometer adultério;
Não levar indivíduos a
acreditarem em outros deuses, seja por profecia ou sonho;
Não ser estuprada;
Não plantar mais de um tipo de
semente no mesmo campo;
Não tocar na carcaça de um porco;
Não vestir roupas feitas de mais
de um tecido ou pano;
Não cortar o cabelo em formato
circular;
Não trançar o cabelo;
E, definitivamente, não ser uma
bruxa.
Você fez alguma dessas coisas?
Então parabéns, você é culpada por bruxaria.
Logo será fadada ao inferno e
provavelmente será enforcada, queimada ou deixada para apodrecer em uma prisão
imunda para morrer.
Mas calminha… Isso era no século
XVII, pois atualmente no máximo você ganha é é uma mulher por voar muito
alto.
Reflexão:
Este artigo retirado do site “Ensinando
a magia de ser feliz” por Tãnia Gori, chamou-me a atenção, e fiz questão de
postá-lo em meu blog para abrir espaço para reflexões.
Não se trata de feminismo,
bruxaria ou fascismo, mas sim do quanto qualquer tipo de poder, num contexto,
onde a maioria das pessoas sobrevivem numa condição quase que de miséria
absloluta, pode causar consequências desastrosas e de uma proporção monstruosa.
Isso tudo colocado na matéria
acima, ocorreu verdadeiramente e é provado nos registros históricos, basta
vocês pesquisarem.
Então façam uma analogia com o
ocorrido na 2ª Guerra Mundial, não foi no mínimo uma atitude parecida com os
tempos medievais?
O que o consumismo faz na vida
das pessoas no mundo inteiro, em especial EUA, Brasil e China, também não se
trata de atitudes de poder sobre pessoas fracas de espírito e matéria.
Mais atual do que a Copa que
ocorrerá no Brasil este ano de 2014, não existe! Centenas de pessoas que mal
tem o que comer, trânsito todos os dias, transporte público que parece com
caminhões de carga e uma educação jogada às traças.
Enquanto isso na terra da
bola...riqueza, hotéis caríssimos e figurinhas rolando...é isso.
Precisa falar mais alguma coisa?
Creio que o ser humano só deixará
de ser manipulado quando tomar posse de si mesmo e controle de sua própria
vida, neste momento ele passará a ser o maior bruxo(a) de todos e nunca mais
religião, governo, pastor, padre ou quaisquer outra pessoa, ousará intervir.
Portanto seja você e descubra o
poder de ser uma verdadeira bruxa ou bruxo.
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