O cigarro que pode ser denominado como pós moderno, contemporâneo ou mais uma invenção da nova era tecnológica?
Ao ler a matéria na revista "Carta Capital" a qual tenho confiança quanto à idoneidade de suas matérias, fiz algumas reflexões e considerações pessoais sobre o polêmico e atua assunto.
Ao ler a matéria na revista "Carta Capital" a qual tenho confiança quanto à idoneidade de suas matérias, fiz algumas reflexões e considerações pessoais sobre o polêmico e atua assunto.
Comum ver pessoas na Europa acenderem o cigarro, que mais parece uma caneta e soltarem uma fumaça idêntica à emitida ao se fumar um cigarro tradicional ou diria do passado anos 80.
Este cigarro eletrônico imita a sensação de fumar, oferece ao fumante sua dose diária de nicotina e evita a inalação das 4,5 mil substâncias cancerígenas e nocivas à saúde.
Parecia ser a solução ideal para quem tentava largar o tabagismo, sem sucesso.
Muita propaganda acerca deste cigarro inovador tornou-se cada vez mais intensiva e atrativa.
Os fumantes eletrônicos começaram a se aventurar, com fumaça e tudo, em ambientes até hoje proibidos por força da lei: restaurantes, lojas, teatros, museus, sem o mínimo pudor ou a menor sensação de culpa.
Recentemente, no entanto, um estudo publicado na revistaNew England Journal of Medicine contestou a segurança tão alardeada dos cigarros eletrônicos e como ponto inicial, lembraram os autores do estudo que as poucas pesquisas científicas realizadas com equipamentos de fumo eletrônico mostraram que existiam, mesmo em concentrações reduzidas, traços das temíveis substâncias cancerígenas.
Qual seria o impacto dessas poucas substâncias na saúde dos fumantes eletrônicos, após anos de uso? A resposta deixa uma lacuna, pois isso ninguém sabe ainda dizer ao certo.
Mas não pensaram duas vezes antes de investirem em propaganda e ganhar mais dinheiro em cima de algo aparentemente prazeroso e atrativo, mascarando a real intenção e de certa forma andando para trás num túnel do passado anos 80, onde as propagandas de cigarros eram lindas.
Quem viveu naquela época e não se lembra da marca Marlboro, um belo homem de chapéu de aparência saudável cavalgando no seu cavalo e acendendo seu cigarro?
Pois é foi um tempo que fumar era símbolo de "ostentação", chique. E com esta ideia inúmeros adolescentes, adultos que não tinham o hábito, passaram a fumar por modismo e acabaram viciando o organismo. Sendo mais trágica ou diria, realista, grande parte está com algum tipo de câncer ou já morreu.
As vezes me parece uma jogada estratégica do governo para inimizar mesmo o número de pessoas vivas e além disso ganhar numerário, e a história de um "nazismo" mascarado continua...
O segundo ponto salientado pelos cientistas é que o uso do cigarro eletrônico não constitui um programa eficaz na resolução do vício da nicotina e pelo contrário, o indivíduo continua tão viciado quanto.
Resumo da ópera: o cigarro eletrônico substitui o fumo clássico, mas não o elimina, e ainda pior, já surgem pesquisas confirmando que, na impossibilidade de se conseguir reposição da nicotina (refil) do cigarro eletrônico – fato comum no Brasil –, o fumante imediatamente retorna ao cigarro convencional, não consegue viver sem sua prazerosa nicotina.
Mas o pior ponto seria a reversão de todos os sucessos já alcançados nas campanhas contra o tabagismo. Eliminar a possibilidade de acender o cigarro em local público, soltar a fumaça, contaminar os vizinhos fumantes passivos, e estigmatizar o fumante, foram os pilares dos programas que resultaram em clara redução do fumo.
Um estudo recente demonstrou claramente que os adolescentes muito jovens estão cada vez mais fumando cigarro eletrônico, e imediatamente o trocam por cigarro convencional. Seria um tiro que saiu pela culatra?
A verdade é que devemos ter cautela e aguardar estudos mais aprofundados sobre o assunto para esclarecer o papel real do cigarro eletrônico no controle da epidemia de tabagismo e na diminuição da mortalidade decorrente da inalação dessas fumaças.
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