É através da interação com outras pessoas, desde quando nascemos é que vai se construindo nossas características em analogia com a nossa visão de mundo.
A capacidade de sentir e significar, tudo o que é vivenciado em um sistema compartilhado e negociado, preservando ao mesmo tempo o individual e o coletivo.
Este conhecimento de mundo é "passado pelo outro" e na incorporação dele nos transformamos nos modos de pensar e agir, e consequentemente transformados também transformamos, e assim sucessivamente.
A educação é fundamental e a aprendizagem o fomento para o desenvolvimento do ser e de seu mundo.
Muito mais do que exercer influência e determinação no modo nas funções do individuo.
É a reestruturação e potencialização na formação do ser humano, inserindo-o no mundo de saberes e de conhecimentos necessários para que o sujeito saia de um condição de existência simplista para uma condição elaborada e completa de ser.
Os processos de aprender transformam-se em processos de desenvolver, aperfeiçoar.
Não se trata de adaptação passiva e mecânica do homem, mas de inserção dele em um tempo e espaço, cuja participação é efetiva.
Neste contexto, a escola é um espaço propício para que ocorra o inter-relacionamento para troca de saberes e conhecimentos.
O docente acompanha seu aluno orientando-o; relacionando as vivências do mundo com as leituras sistematizadas pela ciência, etc.
O sujeito uma vez orientado, liga-se ao raciocínio do orientador, compartilhando modos de agir e pensar, numa colaboração coletiva entre os colegas de sala e demais envolvidos.
É aprender significados para ressignificar e reestruturar modos de pensar e fazer, conscientizando-se de suas produções e capacidades - percebe-se então como receptor e construtor de saberes e modos de ser no universo.
Partindo destas bases possíveis (objetivas) para novas elaboraç~eos cognitivas (subjetivas) para voltar à base modificada e modificando em um contínuo movimento, o que possibilita o contato sistemático e intenso dos indivíduos em sistemas organizados de conhecimento, fornecendo-lhes instrumentos para elaborá-los.
Nesta órbita o Interacionismo na educação e na escola em especial pode ser uma estrutura teórica ampla que reúne várias tendências atuais do pensamento educacional e que têm em comum a insatisfação co um sistema que insiste em fazer a repetição de conteúdos centrados num professor, deixando o aluno numa posição estática, sem que haja qualquer interferência, ao seu critério, ele comandando como crê que seja a educação.
A educação deve ser algo que transmita informações e construa conhecimentos, numa condição de troca, cumplicidade, ou seja, aproximando o saber subjetivo(elaborado no dia a dia) ao saber objetivo (ciência) para que o significados das coisas e dos próprios sujeitos estejam apropriados para organização do novo conhecimento.
O novo está descrito na transformação mútua entre sujeito e objeto - ser e mundo - para que a existência receba cunho de qualidade e permita ao ser humano sê-lo verdadeiramente.
Afinal interagir é senão participar, compartilhar e pertencer por sentido de ser e estar ativo, consciente, sabedor de si e de outrem, como partes importantes e necessárias para uma vida de qualidade e utilidade.
Sem esta premissa o mundo nada mais seria do que um cárcere e os seres humanos escravos de determinismos internos e externos.
O Interacionismo defende a capacidade e as condições de se fazer um mundo melhor para todos, deixando de lado "mandos e desmandos" que enganam e cultuam o arcaico, afastando o espirito de submissão antiquo.
Mudar é condição essencial: transformar o objetivo para viver, construir para perceber-se como sendo um ser que pertence a um tempo e um espaço, criando e buscando significados para si e para os outros.
O homem está no mundo e com o mundo, se apenas estivesse no mundo não haveria transcendência e nem objetivaria a si mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário