Na obra de Edgard Morin,
intitulada “A cabeça bem feita” ele diz que “é preciso repensar a reforma e
reformar o pensamento” o que ao nosso ver deixa clara a ideia de que não basta
apenas ensinar várias coisas, conceitos sem conceitos críticos, regras e mais
regras, enfim, uma diversidade de tudo, enchendo a cabeça dos alunos de uma
forma desconexa e sem sentido.
A grande valia de transmitir
conhecimentos é tornar os conceitos, regras e tudo mais que diz respeito ao
ensino-aprendizagem, tornando-os significativos. Este procedimento que faz a
diferença na vida de uma pessoa está exatamente no momento em que o professor
estimula uma forma de pensar crítica e reflexiva.
O maior desafio dos nossos
tempos, era denominada por muitos como contemporânea ou pós- moderna, na
verdade não importa o rótulo e sim o que devemos tomar de ação imediata quanto
à educação é que haja uma reconstrução no processo ensino-aprendizagem.
No entanto esta reconstrução
só poderá ser feita e ter o sucesso esperado se houver a colaboração do Estado
e família, conforme já disposto em nossa lei maior, além de outros requisitos
importantíssimos para este processo.
Enfatizamos como parte
essencial algo que nem precisaria ser
dito, uma vez que já deveria estar implícito no coração de todo educador que é
o amor pela docência, mas que infelizmente quase nunca está presente na
profissão. Isso deve por vários fatores socioeconômicos como baixos salários,
condições de trabalho deprimentes, falta de material, pouco incentivo,
violência entre outros aspectos
negativos que influenciam para a descrença do educador em si mesmo.
Quando há amor o
desenvolvimento no processo educacional além de prazeroso e suave, torna-se
entendível, reflexivo e crítico.
Com relação às práticas
pedagógicas condizente de uma cabeça bem feita existe uma preconização que se
constitui e uma subjetividade que é capaz de buscar explicações, interpretações
e capacidade de analisar a realidade.
Para Morin se faz necessária
a construção de conhecimentos pertinentes. Ele chama de pertinente, “aquilo que seja capaz de situar qualquer
informação em seu contexto, e se possível, no conjunto em que se está inscrito”
(MORIN, p.15)
A educação escolar deve
ensinar a fundamentar racionalmente o conhecimento.
Este conhecimento que se
constrói nas escolas nos desafiam a sermos instrumentos para uma prática de
intervenção racional e sensível, constituindo-nos como meio para o desenvolvimento
de uma consciência crítica no processo de reprodução das práticas sociais.
Nossa capacidade de nos
tornar sujeitos informados, conscientes e agir politicamente em sociedade, na
vida, mas esta postura irá depender da compreensão que teremos diante da realidade.
Em suma este livro traz em
si que “a cabeça bem feita” deve ter conceitos aprendidos de fato, no seu
inteiro teor ou seja em profundidade verdadeira, qualitativamente e não somente
conceitos memorizados numa quantidade de vários assuntos sem o menor propósito
real que chega a ser utópico.
A grande questão é a
qualidade e não a quantidade.
Uma cabeça bem feita é estar
consciente do aprendizado que lhe foi transmitido e saber refletir e utilizá-lo
da maneira correta e consequente ou seja, com propriedade do conhecimento e
qualidade.
(Resumo opinião sobre a obra ref estágio supervisionado do curso de Letras/Inglês da Universidade da Cidade de São Paulo de autoria Ana Paula Lacalendola)
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