sexta-feira, 31 de maio de 2013

Utopia: o que é de fato real?

Algo ideal, perfeito e fantástico: uma ideia que se torna imaginária segundo os padrões da atual sociedade. Pode-se referir aos ideais do presente como também do futuro e é uma palavra oriunda do grego que significa “lugar que não existe”.
A palavra utopia teve origem em meados de 1516 utilizado por Thomas More no título de uma de suas obras escritas em latim e para alguns historiadores More ficou fascinado pelas narrações de Américo Vespúcio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503. 
Ele fascinado com as narrações passou a escrever sobre um lugar novo e imaculado onde existiria uma sociedade perfeita.
Portanto utopia está ligada à idealização de um lugar, uma vida, um futuro ou quaisquer pensamentos que se tenha através de uma visão fantasiosa e contrária ao mundo real. 
O utopismo é uma forma irreal e absurdamente otimista de ver as coisas como gostaríamos que fosse. Um bom exemplo desse pensamento é o fato de uma pessoa idealizar outra, fantasiando alguém que para os dias e contextos atuais se torna inexistente. Isso com base nas características e nas qualidades de cada indivíduo, pois todos os seres humanos são dotados de falhas e defeitos, de forma que não existe alguém perfeito, mas o que seria da sociedade sem os pensamentos utópicos, o que seria do homem sem seus sonhos fantásticos? 

Reflexão:
A utopia de hoje poderá ser a realidade de amanhã, bem como era visto pelos nossos antepassados.
Mas se pensarmos nas pessoas que conhecemos, lugares que visitamos, situações vividas, enfim tudo inclusive noós enquanto seres humanos com relação aos nossos próprios sentimentos são utópicos, pois o que vivemos hoje é real e amanhã já está no passado tendo existido ou não tornam-se imaginários, fantásticos.
Por vezes são revelados em sonhos e de repente já não se sabe mais o que é utopia e o que não é.
Acredito que a vida é utópica, nós somos seres utópicos e nossos amores e sentimentos são todos imaginários.
Nada como ler este conceito imaginário enquanto ouve esta canção maravilhosa que por vezes de tão linda parece ser imaginária.

sábado, 25 de maio de 2013

The Future - lindo filme

Sinopse:
Sophie e Jason é um casal estranho para os padrões de normalidade da sociedade. 
Vivem num pequeno apartamento em Los Angeles e odeiam seus trabalhos, num belo dia conversando entre eles,  planejam adotar em um mês um gato chamado Paw Paw ou "Patinha", e tratam como se fosse um bebê recém-nascido, ocorre que ele vai precisar de dedicação integral, e apesar de suas boas intenções, eles estão apavorados com o peso do compromisso que se aproxima. 
Eles pedem demissão, cancelam a internet e começam a ir atrás de seus sonhos. Caminham pela calçada e esperam uma espécie de "chamado" para saberem o que irão fazer de trabalho dali para frente.
Sophie tenta criar uma dança contemporânea e Jason quer se deixar levar pelo destino.
Com o passar do mês Sophie começa a ficar cada vez mais paralisada mediante ao seu objetivo e trava seu cérebro para criação de uma coreografia, desesperada fica meio que sem saber que direção seguir então liga para um estranho que outrora vendera um retrato de uma garotinha feito à mão chamado, o nome dele era Marshall  um senhor incorrigível de 50 anos que mora no subúrbio e tem uma filha. 
No mundo dele, Sophie pode fugir de sua realidade e de seus fracassos. 
Vivendo em dois mundos vagos e distantes, Sophie e Jason precisam se reconciliar com o tempo, o espaço e com suas próprias almas para poderem voltar pra casa.E neste período de traições, confusões e viagens acabam esquecendo-se da adoção do gatinho "Patinha" que fala o tempo todo que está a espera de ser resgatado daquele lugar em que está: frio, vazio e solitário...para ser feliz ao lado do casal que o amará e dará afeto e carinho para ele.
Este filme foi um dos mais lindos que assisti recentemente e mostra o quanto o ser humano é egoísta e esquece dos seus mais profundos sentimentos.
É de chorar. Esta atriz e produtora é brilhante e de uma sensibilidade fantástica.
Enjoy it!




terça-feira, 21 de maio de 2013

Sociedade Panóptica - conceito de Foucault e crítica



O filósofo francês Michel Foucault se interessava pelo “solo epistemológico moderno”, e pertencia à epistemologia histórica que interroga o pensamento. 
Suas ideias continuam atuais, e podem nos ajudar a compreender os paradoxos que vivemos enquanto sociedade panóptica e submetida a um poder subliminar, invisível. 
E a partir da obra foucaultiana que o filósofo José Ternes acentua o paradoxo entre o sujeito singular e o sujeito de determinado momento histórico, submetido à padronização e à normalização. 
Que espaço sobra para a liberdade?
Foucault apontava para a fabricação de uma consciência e padrões únicos e em sua filosofia o sujeito não tem substância, essência, mas é desnudado em sua fabricação histórica. 
Por outro lado há uma tremenda preocupação de Foucault com a quase impossibilidade de se escapar uma normatização e normalização cada vez mais fortes. 
O corpo mensurável, objeto de saber, foi outro tópico da conversa. 
O poder antes domesticador do corpo, agora é imperceptível, e domestica a alma, produzindo sujeitos dóceis, formatados e inofensivos politicamente. 
O tema liberdade foi recorrente em diversos momentos: “Na verdade, é uma grande mentira a liberdade que supostamente temos. 
Foucault não foi o primeiro a mostrar isso. Ele insiste que nossas escolhas não são autenticamente nossas, mas de outros. O controle é muito mais subjetivo e imediato do que supomos. Não se trata de um ‘grande não’ ao qual estamos submetidos. Se houve um ‘grande não’, seria melhor, porque aí ele poderia ser identificado”.

Reflexão:
Este conceito de Foucault de fato se concretiza a cada segundo do nosso cotidiano.
Na sociedade panóptica somos vigiados desde que acordamos e saímos de nossas casas até o momento que chegamos e dormimos.
A impressão que se tem é a de vivermos num imenso "reality show" o qual o grande expectador é o Estado.
Este sistema capitalista que vigia também cria e dita normas de como devemos agir e co-agir em sociedade.
Mas a grande "sacada" que de fato temos que refletir e tomar consciência é que este mesmo Estado protetor também é incriminador e punidor, transforma indivíduos que acham estarem dentro dos parâmetros apropriados em doutores juízes e outros menos abastados em infratores e faz com que os mesmos indivíduos, da mesma origem humana se consumam como se vivessem numa sociedade canibalística.
E ao meu ver a decrição de capitalismo hoje é mais como um canibacapitalismo, pois além do consumo excessivo de bens materiais há também um consumo de poder, egoísmo, tristeza, alegria e do homem para com o próprio homem, como já disse o famoso filósofo Tomas Hobbes: "O homem como lobo do próprio homem".
Por fim somos controlados desde que nascemos até o mento de nossa morte, de todos os lados e formas.
O que fazer quanto a esta situação já que vivemos em sociedade?
Oras quem tiver esta resposta, por favor me diga.
Enquanto não a tenho, creio que tendo ao menos consciência do que acontece ao redor já é um grande passo para um despertar.
Mas a verdade é que temos muitos conceitos e filosofias sobre o controle, mas nenhuma traz como devemos agir mediante este controle e coação do sistema.

domingo, 19 de maio de 2013

Aula de sábado sobre uso da crase e atividades de fixação



USO DA CRASE:

A fusão de duas vogais idênticas recebe o nome de crase. 
Em nosso idioma, a junção do artigo a com a preposição a, resulta no a craseado (à), marcado pelo acento grave. 
A junção da preposição a com o pronome demonstrativo feminino a, as, como também o a de aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a qual e as quais, por vez, também recebem a fusão de sons possibilitada pela crase.


1. Nunca haverá crase:

a)     Antes de palavra masculina
Pintura a óleo.
Entrega a domicílio

b)    Antes de verbo
Estava a dançar na pista.
Passara a dedicar-se mais aos estudos.

c)     Antes do artigo indefinido uma:
Já assistiu a uma peça teatral?
Pergunte a uma  professora. 

d)    Antes de palavra no plural
Não vou a cerimônias públicas.
Não vou a lojas em minha cidade. 

e)     Antes de pronome pessoal, incluindo o de tratamento:
Este livro é dedica a você.
Quero demonstrar meu respeito a Vossa Senhoria.

f)     Antes de numeral cardinal (exceto para horas):
A cidade fica a duas léguas do centro.  

g)     Antes de pronome demonstrativo, indefinido, relativo, ou interrogativo:
Ofereci minha atenção a esta moça, mas ela não quis.
Ela é a única a quem devo explicações.
Não direi nada a ti

h)    Antes de nome de lugar que não necessite de artigo:
Voltarei a Roma em dezembro.

i)      Entre palavras repetidas
Estive cara a cara com ele.
Meu dia a dia é bem diferente do seu.
 
2. Sempre haverá crase:
a)     Antes de palavras femininas que exijam o artigo a
Vou à escola.
Prefiro minha casa à (casa) de Rita. 

b)    Antes de palavra masculina que se subentenda a presença de uma palavra feminina:
Irei amanhã à Rádio Interativa. (Irei amanhã à estação da Rádio Interativa)

c)     Antes de numeral que indique horas (a palavra horas está implícita):
Irei às sete horas amanhã.
Estarei no evento às vinte e uma da noite. 

d)    Em locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas formadas por palavras femininas: 
Adverbiais: às pressas, à tarde, à noite, à toa, às escondidas, à força, às cegas.
Conjuntivas: à proporção que, à medida que. (Exceção: a prestação.)
Prepositivas: à falta de, à espera de, à vista de, à beira de. 

e)     Antes de palavras que permitam a troca do a por: para a(s), na(s), pela(s) e com a(s).
Dei uma flor à menina. (Dei uma flor para a menina.)


3. A crase é facultativa:
 
a)    Antes de nome próprio de pessoa (feminino, é óbvio): 
Entregarei o livro a Carmem amanhã (ou à Carmem).
       Escrevi a Martha Medeiros, autora do meu livro preferido (ou à Martha Medeiros). 

b)    Antes de pronome possessivo feminino singular: 
Diga a sua mãe que ligarei mais tarde (à sua mãe).
       Oferecemos gratidão a nossa professora (ou à nossa professora).
  


Agora que já sabe o conceito e as formas de uso da crase, segue abaixo alguns exercícios para fixação:




  01. Assinale a alternativa em que o uso da crase é obrigatório:

a) Um rapazito de paletó entrou na rua e foi perguntar à Machona pela Nhá Rita. (Aluísio Azevedo)
b) José Cândido não tinha nem a cor nem o título convenientes à sua filha. (R. Braga)
c) Mas o peru se adiantava até à beira da mata. (G. Rosa)
d) Todos, às vezes, precisam ficar bêbados, e por isso bebem. (R. Braga)
e) (...) evitei acompanhar Dr. Siqueira em suas visitas vespertinas à nossa bem amada. (J. Amado)
 
 
02. Qual das alternativas completa corretamente os espaços vazios?
 
I. E entre o sono e o medo, ouviu como se fosse de verdade o apito de um trem igual ____ que ouvira em Limoeiro. (J. Lins do Rego)

II. Habituara-se ______ boa vida, tendo de um tudo, regalada. (J. Amado)

III. Depois do meu telegrama (lembram: o telegrama em que recusei duzentos mil-réis ___ (pirata), a "Gazeta" entrou a difamar-me. (G. Ramos)

IV. Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer _____.
(Millôr Fernandes)

a) àquele, aquela, aquele, aquilo
b) àquele, àquela, aquele, aquilo
c) àquele, àquela, aquele, àquilo
d) àquele, àquela, àquele, aquilo
e) aquele, àquela, aquele, aquilo
 
 
03. (CESCEM) Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___ reescrever uma ___ uma as páginas do relatório.
 
a) a / a / à
b) a / à / à
c) à / a / a
d) à / à / à
e) à / à / a
 

04. (FASP) Assinale a alternativa com erro de crase:
 
a) Você já esteve em Roma? Eu irei à Roma logo.
b) Refiro-me à Roma antiga, na qual viveu César.
c) Fui à Lisboa de meus avós, pois gosto da Lisboa de meus avós.
d) Já não agrada ir à Brasília. A gasolina...
e) nenhuma das alternativas está errada.
 
 
05. (ESAN) Das frases abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
 
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Puseram-se à discutir em voz alta.
d) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
e) Ele parecia entregue à tristes cogitações.
 
 
06. (ABC - MED.) Nas alternativas que seguem, há três frases, que podem estar corretas ou não. Leia-as atentamente e marque a resposta certa:
 
I.   O seu egoísmo só era comparável à sua feiúra.
II.  Não pôde entregar-se às suas ilusões.
III. Quem se vir em apuros, deve recorrer à justiça.
 
a) Apenas a frase I está correta.
b) Apenas a frase II está correta.
c) Apenas as frases I e II estão corretas.
d) Apenas as frases II e III estão corretas.
e) As três frases estão corretas.
 
 
07. (FUND. LUSÍADA) Assinale a alternativa que completa corretamente o período: ____ noite estava clara e os namorados foram _____ praia ver a chegada dos pescadores que voltavam ____ terra.
 
a) Á / à / à
b) A / à / à
c) A / a / à
d) À / a / à
e) A / à / a
 
 
08. (ITA) Analisando as sentenças:
 
I.   A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II.  Não fale tal coisa as outras.
III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse.
 
 Podemos deduzir que:
 
a) Apenas a sentença III não tem crase.
b) As sentenças III e IV não têm crase.
c) Todas as sentenças têm crase.
d) Nenhuma sentença tem crase.
e) Apenas a sentença IV não tem crase.

 
09. (ABC - MED.) A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
 
a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à sua.
c) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.
e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.
 
 
10. (FUVEST) Indique a forma que não será utilizada para completar a frase seguinte:
 
 "Maria pediu ____ psicóloga que ____ ajudasse ____ resolver o problema que ___ muito ____ afligia."

a) preposição (a)
b) pronome pessoal feminino (a)
c) contração da preposição a e do artigo feminino a (à)
d) verbo haver indicando tempo (há)
e) artigo feminino (a)






  Espero que estes exercícios junto a esta breve explicação tenha ajudado no uso correto da crase.