Não existe uma mensagem precisa neste filme...
Foi exibido no Festival de Cannes e suscitou diversas reações e interpretações, e provavelmente nenhuma delas
está completamente certa ou errada. Uma das diversas interpretações a mais plausível está abaixo descrita:

Mas quem paga este homem? Por que ele executa esta função? O filme não
indica.
O elemento mais perturbador de Holy Motors é a
ausência de explicações: a partir de qual momento ele está fingindo? E
por quê? "Pela beleza do gesto", ele explica vagamente, referindo-se de
certa maneira à utilidade e ao propósito do cinema.
Se a história parasse por aí, teríamos um simples desfile de pequenas histórias, um filme episódico. Mas o diretor Leos Carax,
tão brutal quanto poético, desenvolve sua ideia até as últimas
consequências: ele mata o personagem em um dos encontros, apenas para
vê-lo se levantar e limpar o sangue segundos depois; ele coloca-o em uma
enrascada dentro de um bueiro, mas mostra-o de volta à rua, segundos
mais tarde, sem explicar como se salvou. Assim como todas as
representações, esta história é inconsequente, não definitiva: ela pode
recomeçar, se transformar, voltar atrás. Em seu caráter infinito e
circular, ela se difere da finitude da vida.

Reflexão:
No início tornou-se um filme intrigante então quis assisti-lo até o final.
Acreditei que a história não passava de um ator rico que ficava interpretando o dia todo e testando seus próprios limites e "dotes" artísticos.
Mas no decorrer das histórias existitam episódios com falas e diálogos profundos que me levaram à pensar em terias filosóficas ou até mesmo um fundo de parábola, a exemplo da fala onde o tio à beira da morte de seu leito luxuoso sussura para sobrinha amada:
"...quando se vê alguém que amamos morrer vivemos com mais intensidade a vida." Ou seja a mensagem de valorização da vida face à morte.
Mas no final mesmo o qual as limosines começam a dialogar quando os seus motoristas e passageiros vão embora foi de fato uma surpresa, e eu diria no mínimo bizarro. De repente naquele momento toda ideia acerca do que se tratava o filme cai por terra e dá a impressão que o autor da obra terminou daquela forma apenas para dar razão ao nome do filme:" Holy Motors".
Por que trata-se de sagrados afinal? Limosines suntuosas, imersas em luxo vagando pela cidade luz Paris e carregando atores, ou envólucros vazios que apenas representam o tempo todo e enquanto adentram no automóvel, bebem e fumam, enfim.
Seriam motores sagrados na visão das pessoas que deliciavam-se fazendo uso das limosines?
Ou seriam sagrados pelo simples fato de serem poucos veículos daquele nível de luxo na cidade?
Ou ainda seriam sagrados por aguentar tantos absurdos e inconsequências cometidas pelos motoristas e passageiros?
De fato não dá para chegar numa resposta para esta obra.
Na minha opinião não foi um dos melhores filmes, mas valeu tê-lo assistido pelo simples fato de pensar à respeito de até onde vai o pensamento do homem para conseguir atenção e causar curiosidade dos outros quando algo parece não ter muita explicação racional.
(Pour Anna)
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