segunda-feira, 18 de março de 2013

Vergonha nacional na educação


Último absurdo ocorrido na educação: redações que obtiveram nota máxima no Exame Nacional do Ensino Médio apresentaram graves erros de português
As palavras escritas com erros de grafia como "rasoável", "enchergar" e "trousse" apareceram em alguns textos que ganharam nota 1.000. 
Também foram percebidos erros de concordância em algumas redações.
O Ministério da Educação deu a seguinte explicação: o texto é analisado como um todo e o que importa mesmo é que candidato tenha um excelente domínio do português, mesmo que ele cometa pequenos desvios gramaticais.
Fala sério!!!! Isso é um crime!!!! 
Entendo esta justificativa do Ministério da Educação como uma afronta à nossa inteligência.
Não é possível que esta situação seja esquecida e fique impune. Atitudes urgentes tem que ser tomada em relação à educação no Brasil.
Como pode sermos um país em plena fase de desenvolvimento econômico e com tanta ignorância cultural como essa!
Amigos são educadores com doutorado de onde???mestrado de onde??? Para terem a coragem de corrigir redações com erros gravíssimos gramaticais como os que ocorreram e rirem da ignorância do povo ao declarar que a correção foi feita "como um todo".
Um todo do que? Um todo de ignorância? Um todo de falta de conhecimento da própria língua portuguesa?
Não foi um todo da situação da educação do nosso país.
Infelizmente estas redações com nota máxima conferidas pelo MEC são o retrato do Brasil, da nossa falta de educação e mais ainda de uma máscara usada pelo poder onde pessoas indicadas com nenhuma capacidade para ocuparem as posições que ocupam encabeçam e dirigem nossos jovens, crianças.
Faço menção destas mestres e doutoras com nenhuma capacidade de estarem onde estão e que brincam com as pessoas ao tentarem justificar erros com outros erros ainda piores.
A redação do Enem teve como tema Movimento imigratório no Brasil do século 21.
Segue as exigências de 5 competências determinadas no Edital do MEC:
1ª competência: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.
2ª competência: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
3ª competência: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
4ª competência: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação.
5ª competência: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando
De acordo com o guia elaborado pelo MEC para explicar a correção da prova de redação, a nota máxima na primeira competência significa que apresentou nenhum ou "pouquíssimos desvios gramaticais leves e de convenções da escrita". O erro de grafia em palavras simples e o fato de que ele não ocorre em várias partes do texto, segundo o ministério, "revela que as exigências da norma padrão foram incorporadas aos seus hábitos linguísticos e os desvios foram eventuais".
A nota final da redação corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas por dois corretores. Caso houvesse discrepância de 200 pontos ou mais na nota final atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1.000), ou de 80 pontos ou mais em pelo menos uma das competências, a redação passaria por um terceiro corretor, em um mecanismo que o Inep chama de "recurso de oficio".
Se a discrepância persistisse, uma banca certificadora composta por três avaliadores examinaria a prova. Os candidatos poderiam solicitar vistas da correção, porém não puderam pedir a revisão da nota.
Dados divulgados pelo MEC em janeiro mostraram que 4.113.558 redações foram corrigidas no exame deste ano, e 826.798 entraram no sistema de terceira correção.
Ainda de acordo com o MEC, 1,82% das redações foi entregue em branco e 1,76% teve nota zero, o que acontece caso o estudante quebre uma das regras da prova (como escrever com caneta preta, com um número mínimo de linhas ou copiar os textos usados como base). Das mais de 826 mil redações com discrepância, 100.087 redações, após a terceira correção, foram encaminhadas ainda para uma banca examinadora, caso previsto para as provas que mantêm uma discrepância mesmo após a terceira correção.
 Após a leitura o edital organizado pela equipe do próprio MEC ter que ouvir a resposta da análise "de um todo" e blá, blá, blá...chega!
Cabe apenas muita indignação.
Algo muito importante que deve ser feito, ainda que individualmente: uma conscientização do que é de fato correto e o que não é correto, sem subterfúgios ou camuflagens e colocado em ação.
Se cada um fizer desta forma e por amor é certo que haverá uma iluminação de esperança no fim do túnel negro da ignorância e escuridão que o Estado nos causou.



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