Declaração de papa ofende índios em 2007.
Líderes indígenas disseram ter ficado ofendidos pelas
declarações “arrogantes e desrespeitosas” do papa Bento 16, de que a
Igreja Católica os havia purificado e que retomar suas religiões
originais seria um retrocesso.
Num discurso para os bispos
latino-americanos e do Caribe no encerramento de sua visita naquele ano de 2007, ao Brasil, o
pontífice afirmou que a Igreja não havia se imposto aos povos indígenas
das Américas. Segundo o papa, os índios receberam bem os padres
europeus, já que “Cristo era o salvador que esperavam silenciosamente”.
Acredita-se que milhões de índios tenham morrido no continente
americano em conseqüência da colonização européia, depois da chegada de
Cristóvão Colombo, em 1492.
“É arrogante e desrespeitoso considerar nossa herança cultural menos
importante que a deles”, disse Jecinaldo Satere Mawe, coordenador-chefe
da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
(Coiab).
Vários grupos indígenas escreveram uma carta para o papa pedindo o apoio dele na defesa de suas terras e de sua cultura.
Eles disseram que os índios vêm sofrendo um “processo de genocídio”
desde a chegada dos colonizadores europeus.
Os conquistadores contavam com a bênção dos sacerdotes católicos,
embora alguns destes depois tenham defendido os índios e muitos hoje
estão entre os mais eloqüentes aliados dos índios.
“O Estado usou a Igreja para fazer o trabalho sujo na colonização dos
índios, mas eles já pediram perdão … quer dizer que o papa está
voltando atrás com a palavra da Igreja?”, questionou Dionito José de
Souza, líder da tribo Makuxi, de Roraima.
Em 1992, o papa João Paulo II falou dos erros na evangelização dos povos nativos das Américas.
As declarações do papa Bento XVI não desagradaram só aos índios, mas
também aos padres católicos que os apóiam em sua luta, disse Sandro
Tuxa, que comanda o movimento das tribos do Nordeste.
“Repudiamos as declarações do papa. Dizer que a dizimação cultural de
nosso povo representa uma purificação é ofensivo e, francamente,
assustador”, disse Tuxa.
“Acho que (o papa) tem sido mal assessorado”, acrescentou.
O próprio grupo católico que defende os índios no Brasil, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), distanciou-se do papa.
“O papa não entende a realidade dos índios daqui, sua declaração foi
equivocada e indefensável”, disse à Reuters o padre Paulo Suess. “Eu
também fiquei aborrecido”.
Reflexão:
A grande verdade é que essa história de papa e nomenclaturas do gênero não passam de formas para escravizar a boa fé de pessoas sem perspectivas próprias e que precisam se apoiar numa fé para ter forças de continuar sobrevivendo em meio à tantas injustiças.
E nenhum outro tipo de poder é tão "diabólico" quanto a dominação da igreja, seja ela de segmento católico, protestante entre outras por aí à fora.
Basta voltarmos nossos olhares para a história e lembramos da "santa inquisição", pregada pelo catolicismo que dizimou milhares e milhares de pessoas inocentes, puramente porque não seguiam os caminhos da igreja, e cá entre nós, está cercado por situações envolvendo pedofilias, orgias e luxo muito luxo.
Ontem em aula com um profº Flávio Vassoler de grande sentimento reflexivo e crítico, fez-me acender esta gana de escrever sobre este ser com aparência de "bom velhinho" mas que esconde um passado negro acerca de uma juventude nazista na Alemanha, reacionário e extremamente conservador.
Fez-me pensar no quanto o homem consegue manipular tantas pessoas utilizando da boa fé delas. E mais ainda, na capacidade que tem de mentir tanto e acreditar nas suas própria mentiras sob pena de criar uma realidade própria.
De repente torna-se um objeto de estudo filosófico ao invés de político.
O importante mesmo é fazer com que todos tomem ações mais conscientes em suas vidas e vejam as notícias sobre uma ótica mais crítica e não como simples fato ou acontecimento cotidiano.
Os índios deixaram ensinamentos e maravilhosas curas que só eles conhecem, no seu contato de séculos com a natureza.
ResponderExcluirQual é o legado da igreja católica? A exploração, roubo e manipulação das massas e uma fabula de Deus pra iludir o povão.
Pois é um legado marcado de sangue e mortes mas que ainda assim a maioria das pessoas não conseguem ver o mal que lhes foi e é causado. A fábula não diz respeito à Deus, mas sim da própria ignorância do homem.
Excluir