Quando choro escorre rios,
De águas doces e turvas.
Quando grito, aflito, assobio,
O vento forte apito, arrepio.
Quando falo o silêncio
Das árvores, flores mortas, folhas no chão,
E túmulo natural de mim mesma,
Mas eu mãe natureza,
Senhora e dona de tanta beleza,
Já não mais o sou.
Limito-me e vingo-me de ti.
Acabaste com tudo, comigo.
E deveras viraste inimigo.
Quando chovo lavo almas
De humanos algozes, atrozes, ferozes.
Quando aqueço adormeço,
E me entristeço.
Sou eu confusão,
Mistura de coração
Tormenta e tormento
Cá e aqui estou.
Quando choro escorre mares,
Afogo-me em lamentos.
Por Anna L.
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