segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Literatura Clássica estimula o cérebro


Ler autores clássicos como Shakespeare, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool.
Alguns especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem coloquial".
Os resultados, que serão apresentados nesta semana em uma conferência e que o "Daily Telegraph" antecipa hoje, mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.
Esses estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo, segundo o estudo, que utilizou entre outros textos de autores ingleses como Henry Vaughan, John Donne, Elizabeth Barrett Browning e Philip Larkin.
Os especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.
"A poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de apresentar o estudo.
Após o descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens. 

Reflexão:
Acreditava nesta pesquisa antes mesmo de comprovações científicas.
Mas é certo que atualmente as pessoas preferem não estimular seus cérebros além do necessário consumidos nos seus dias fatigantes de trabalho.
E logicamente aqueles que se prestam à prática da leitura preferm livros comercias como "50 Tons de Cinza" e outros do gênero.
Isso é claro quando não se entregam ao ócio completo da televisão assistindo programas fúteis como Big Brother e afins.
Enfim a vida cotidiana que a maioria das pessoas têm não os deixa espaço para uma boa leitura, no intuito de engrandecer vocabulário, ideias e principalmente inteligência.
A verdadeira literatura requer esforço de quem a lê. E mais ainda reflexão, entendimento e diversas interpretações.
Quando se desapega das futilidades do dia a dia, o ser humano consegue criar mais espaço para pensar, refletir e passa a tomar decisões, ações mais elaboradas, planejadas.
Aliás eu mesma estou em falta com uma boa leitura, mal consegui terminar Madame Bovary nas férias...mas não desisto.

Um comentário:

  1. E o mais fustrante é quando temos consciência disso, sabemos que 90% das pessoas não dão a mínima e mesmo assim não conseguimos dedicar muito a uma leitura avançada pois precisamos priorizar as urgências do dia a dia, necessárias para manter o padrão de vida já definido :P

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