terça-feira, 13 de novembro de 2012

Terra da garoa


Esta chuvinha, típica da nossa cidade, ora chamada "terra da garoa", me faz rememorar tempos  cinzentos que caminhava no centro, admirando arquitetura envelhecida do teatro municipal, do vale do Anhagabaú...os detalhes da água que ao molhar as obras de arte, deixavam-na num tom mais escuro mesclando-se ao mais claro seco: algo lindo de se ver.
Pessoas apressadas andando pra lá e pra cá, em busca de ganhos para depois perderem.
E a vida corrida da grande cidade passando...passando rápido demais, tanto quanto a juventude.
Durante anos observei o dia a dia ao voltar do trabalho até chegar em casa.
Eram trinta minutos de reflexão sobre tudo e todos, mas o principal era a admiração pela paisagem urbana e esquecida que estava bem ali na frente de todos, que nem sequer sabiam o tamanho do valor da arte que os circulavam por conta de suas corridas pelo nada.
Um tempo que não volta mais...mas de certo ficará para sempre na memória, e em dias como o de hoje trazem lágrimas de saudades.

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