segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Clamor pela vida


Diante de vós eu clamo dia e noite.
Prestai atenção ao meu lamento,
Pois estou saturado de males.
Minha vida está perto do abismo
E por vezez sinto que sou contada
Aos que descem à cova.
Sou como uma mulher sem força.
É entre os mortos minha morada.
Sou como os que jazem no sepulcro
Dos quais não guardais lembrança
E foram retirados de vossa mão.
Numa fossa profunda
Que a vida me lançaste,
Nas trevas, nos abismos.
Pesa sobre mim vosso furor,
E com todas as vossas ondas
Me afogastes.
Afastastes de mim meus amigos
Sou prisioneira sem poder sair.
Meus olhos se consomem pela dor.

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