A educação comoatualização histórica do homem e condição imprescindível pela apropriação do saber produzida historicamente, construa sua própria humanidade histórico-social, admitindo-se que a escola deva pautar-se pela realização de objetivos numa dupla dimensão: individual e social.
Sendo que a dimensão individual diz respeito ao educando, nós "professores" dando-lhes condições de realizar seu bem estar pessoal e usufruto dos bens sociais e culturais, postos ao alcance dos cidadãos, em resumo: educar para viver bem.
A dimensão social liga-se à formação do cidadão tendo em vista sua contribuição para sociedade, de modo que sua atuação concorra para construção de uma ordem social.
Se conseguirmos entender a democracia desta forma, ou seja, num sentido mais elevado de mediação para construção e exercício de liberdade social, englobando meios e esforços que se utilizam para concretizar o entendimento entre grupos e pessoas a partir de valores construidos historicamente, podemos dizer que esta dimensão social dos objetivos da escola sintetiza-se na educação para democracia.
É triste, mas a verdade é que a escola pública está bem longe deste pensamento sociodemocrático.
No condizente ao individual, ou seja à nós educadores, e escola tem renunciado a frase "educar para viver bem" e as atividades do dia a dia que deveriam ser proporcionadas aos alunos de forma prazerosa, torna-se penosa para os educandos. Isto porque preocupa-se mais com exames, aprovações, baixos salários do que com apreensão do saber e gosto pelo conhecimento, há principalmente gostar daquilo que se faz.
A atuação da escola está ausente no que concerne à dimensão social.
Tem ignorado as necessidades primordias dos alunos que são: formação ética como continuação dos ensinamentos da família, deixa com que a mídia tome conta da respoensabilidade informativa, enquanto que a escola é quem deveria fazê-lo de forma reflexiva, deixa de lado problemas enfrentados como injustiça social, violência, criminalidade, corrupção, desemprego, falta de consciência ecológica, violação de direitos, e respeito.
Todas estas problemáticas que só fazem agravar-se pois estão sem controle.
E o mediador para tais questões é sim a escola.
O principal remédio e base para todos o sistema social é a educação, mas que de fato não é valorizada como deve, inclusive pelos próprios professores, salvo algumas exceções.
Educação é favorecer uma vida com maior satisfação individual e melhor convivência social, e como parte da vida é principalmente aprender e viver com maior plenitude que a história possibilita.
Não é possível conceber uma educação de qualidade sem levar em conta as necessidades sociais.
Se a verdadeira democracia caracteriza-se pela participação ativa dos cidadãos na vida pública, considerados não só como titulares do direito, mas também como criadores deste direito, é preciso que a educação se preocupe em dotar capacidades culturais exigidas para exercerem tais atribuições,justificando-lhes portanto, a necessidade de a escola cuidar de forma planejada e não apenas difusa, uma autêntica formação de democracia.
Sem máscaras e sem manipulações políticas, mas sim de fazer valer o sentido real da palavra democracia.
Somente cada professor, educador com uma consciência formada por valores próprios do amor pelo ensinar, pelo saber, individualmente é que podem conseguir fazer valer o real sentido da palavra "educação", agindo assim certamente haverá uma valorização pessoal e reconhecimento profissional estético também, mas estas exceções devem tornar-se a regra e o contrário deve ser a exceção.
Feliz dia dos professores à todos com muita consciência e reflexão!
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