Mas desta vez seria diferente, pois era um vazio cheio de expectativas e aspirações.
Andando vagarosamente por cada cômodo do lugar foi imaginando como iria decorá-lo. Então foi
pensando nas cores das paredes, no chão ainda no cimento, nas louças do
banheiro, e de repente percebeu um detalhe que havia se esquecido, não tinha
uma janela na área de serviço. No lugar da janela, existia apenas um buraco largo e alto, que
dava vistas ao viaduto mais movimentado da cidade; trânsito caótico e fumegante, buzinas
estressadas, sons abafados e cansados
dos automóveis sujos, que por vezes pareciam estáticos como que numa figura de
um quadro pós-moderno denotando o caos urbano.
Voltou a si e resolveu deixar a reforma da janela para
depois, afinal, chegava tarde para sua casa e não se preocupava nenhum um pouco
com o buraco negro de visão caótica.
Pour: Ana Paula L.
Comentário: Este é outro conto de minha autoria, o qual estou trabalhando.
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