Quero dizer, mas não posso,
Quero gritar, mas é tarde.
Quero chorar, mas o orgulho não deixa.
Então vem a madrugada longa e solitária,
Chega o dia, depois a noite, e de novo, ela vem...
Sombria, insône e fria.
Parece segurar-me a alma,
Imersa em saudades, tristezas e solidão.
Fecho os olhos numa tentativa insandecida de dormir,
Quem sabe em sonhos te encontrar.
Mas não consigo nem sonhar, apenas adormeço.
Só o que vejo é a escuridão do teu olhar perdido, vazio.
Frio como a dor de tua perda.
Então acordo e nada alivia sua falta,
Nem mesmo o dia, tudo lembra você.
Abro meus olhos e mais um suspiro
Por ainda estar viva, mas para que?
Não o tenho, para que continuar viver?
Não sei apenas gostaria isso de saber.
(Por Ana Paula)
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