O Programa de Coleta Seletiva de lixo já é
realidade em Campo Grande. Desde o início do mês de junho, a ação tem
sido colocada em prática por meio da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Semadur). Na última terça-feira
(14), o titular da pasta esteve na Câmara Municipal de Campo Grande, a
convite do presidente da Casa, vereador Paulo Siufi, detalhou o programa
para aos parlamentares e público que assistiu à sessão naquela manhã.
Cristaldo explicou que o programa será implementado, primeiro, nas
secretarias e fundações do município e do Governo do Estado e,
posteriormente, em cinco áreas dividas pela coordenação do programa.
“Nesta etapa, procuramos levar o plano de ação ao conhecimento de todos.
O lançamento do programa está definido para julho, quando iniciaremos a
visita individual em 120 bairros da Capital, conversando com cerca de
100 mil famílias para saber se querem participar da coleta seletiva”,
detalhou o secretário.
Para o vereador Carlão, que falou em nome do presidente da Câmara
Municipal, a ação da Semadur demonstra a preocupação da Prefeitura em
garantir a saúde pública por meio da qualidade de vida da população com a
coleta seletiva. “O programa mostra que o poder público municipal está
cumprindo seu papel e dando o exemplo na questão do meio ambiente. Em
breve, faremos parte de um seleto grupo de cidades que têm a preocupação
de separar o lixo e contribuir com o meio ambiente”, considerou.
Fazendo coro às palavras do colega, o vereador João Rocha falou do
orgulho que a população vai sentir quando o programa estiver disseminado
e fizer parte da rotina das famílias. “A coleta seletiva existe no País
há algum tempo e, Campo Grande aguardava por ações neste sentido. A
Casa de Leis se coloca à disposição da Prefeitura para tornar o programa
realidade, no que couber à Câmara na questão burocrática. Quando a
separação do lixo for um hábito, quem mora aqui vai sentir orgulho de
viver em uma cidade que demonstra cuidados com a higiene, com a
organização que, também, vai resultar na geração de renda já que os
resíduos recicláveis têm valor comercial”, ressaltou.
Durante a apresentação no plenário da Câmara, o secretário do Meio
Ambiente contou que foram dois anos de estudo antes do projeto tornar-se
oficial. Para definir as ações, foi preciso fazer um diagnóstico das
regiões urbanas que determinou as prioridades para a execução dos
trabalhos, que será desenvolvido em três frentes: destinação do
material, logística e educação ambiental.
Atenta às explicações do Programa, a vereadora Rose fez questão de
fazer uso da palavra para chamar atenção da população sobre a educação
ambiental. “Qualquer programa desta natureza depende, principalmente, da
conscientização de cada um de nós. A população precisa apostar na ideia
e acreditar que, mesmo na próxima geração, teremos uma cidade com
melhores condições ambientais para se viver. Isso é responsabilidade
nossa, de cada cidadão, de fazer da separação do lixo um hábito dentro
de nossas casas”, considerou.
Sobre a coleta seletiva – é um sistema de recolhimento diferenciado
do lixo domiciliar e comercial que começa com a separação (na fonte de
origem) dos diferentes componentes do material descartado pela
população: lixos orgânico e seco.
Campo Grande produz, atualmente, cerca de 700 toneladas de lixo
diariamente. Com a Coleta Seletiva implantada na cidade, grande parte
deste material será encaminhada às indústrias recicladoras para ser
aproveitada como matéria-prima para a confecção de novos produtos úteis
ao consumo. Um dos resultados imediatos que serão verificados, com a
execução do programa, é a diminuição na quantidade de lixo enviado para o
novo aterro sanitário (entre 25% e 30%).
A iniciativa faz parte de uma Política Municipal de Resíduos Sólidos
que se tornará lei (projeto de lei já encaminhado para a Câmara) e que
terá o envolvimento de toda a sociedade.
Ação efetiva
A ação efetiva da coleta seletiva do lixo começa nos órgãos públicos
municipais (secretarias e autarquias) que já se preparam para iniciar o
programa com a participação dos servidores no recolhimento do material
reciclável. A primeira etapa junto à comunidade será iniciada em julho,
porta a porta, com os caminhões de coleta nas regiões do Carandá Bosque,
Autonomista, Chácara Cachoeira, Vilas Boas, TV Morena, Santa Fé, São
Lourenço, Vila Carlota e Bela Vista, atingindo 120 bairros e
aproximadamente 3.200 residências.
O programa de coletiva seletiva de lixo está sustentado em três
pilares: a destinação do lixo, a logística e a educação ambiental que
vão se entrelaçar entre si em sua dinâmica. O programa está sem fase de
implantação com os dois ecopontos, localizados nos bairros Jardim
Bálsamo e São Conrado e com o Programa de Educação Ambiental em 10
escolas municipais que já fazem a coleta seletiva.
Rede de Recebimento
Para que o programa seja desenvolvido, foi criada a Rede de
Recebimento do Programa de Coleta Seletiva, intitulada “Separar para
Reciclar”, composta por entrepostos, ecopontos, os LEV’s, (Locais de
Entrega Voluntária) e a UPL (Unidade de Processamento de Lixo) que vão
alimentar toda a dinâmica da coleta seletiva.
Os entrepostos ou sucateiros são os estabelecimentos comerciais de
pequeno e médio porte, situados em bairros mais afastados da área
central da cidade. Atuam na compra de sucata em quantidades médias e
repassam às empresas que atuam no ramo da reciclagem. Atualmente, 76
sucateiros já estão cadastrados pela Semadur e serão licenciados para
participarem do programa.
Os Ecopontos são estações de entrega voluntária, dotados de
infra-estrutura mínima e fazem a recepção do material reciclável,
pesagem, prensagem, armazenagem e comércio. A Prefeitura já implantou
dois Ecopontos que encontram-se em pleno funcionamento sendo eles:
Ecoponto Bálsamo (Rua Araraquara com a rua do Topógrafo - Jardim
Bálsamo, Região Urbana do Anhanduizinho) e Ecoponto São Conrado (Rua
Furquim com Rua Campo Maior – Bairro São Conrado).
Os LEV´s são locais de entrega voluntária devidamente preparadas para receber pequenos volumes de lixo seco reciclável e situadas em instituições públicas ou privadas participantes voluntárias do Programa de Coleta Seletiva, tais como: supermercados, postos de combustíveis, farmacias, correios, entre outros.
Os LEV´s são locais de entrega voluntária devidamente preparadas para receber pequenos volumes de lixo seco reciclável e situadas em instituições públicas ou privadas participantes voluntárias do Programa de Coleta Seletiva, tais como: supermercados, postos de combustíveis, farmacias, correios, entre outros.
A UPL (Unidade de Processamento de Lixo) é uma unidade destinada a
recepção, triagem, tratamento ou reciclagem dos resíduos sólidos, em
fase de construção próximo ao aterro sanitário, localizado na região do
Dom Antônio Barbosa.
Com relação à Educação Ambiental, as escolas representam um aspecto
indispensável nesse processo de sensibilização da população para a
reciclagem. O objetivo central é o desenvolvimento da educação ambiental
junto aos alunos matriculados na rede pública municipal, estadual e
particular de ensino, no tocante à reciclagem de lixo. Essa ação já
acontece em 10 escolas da Rede Municipal de Ensino.
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