sábado, 25 de junho de 2011

Reconhecimento de coleta seletiva na capital


O Programa de Coleta Seletiva de lixo já é realidade em Campo Grande. Desde o início do mês de junho, a ação tem sido colocada em prática por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Semadur). Na última terça-feira (14), o titular da pasta esteve na Câmara Municipal de Campo Grande, a convite do presidente da Casa, vereador Paulo Siufi, detalhou o programa para aos parlamentares e público que assistiu à sessão naquela manhã.
Cristaldo explicou que o programa será implementado, primeiro, nas secretarias e fundações do município e do Governo do Estado e, posteriormente, em cinco áreas dividas pela coordenação do programa. “Nesta etapa, procuramos levar o plano de ação ao conhecimento de todos. O lançamento do programa está definido para julho, quando iniciaremos a visita individual em 120 bairros da Capital, conversando com cerca de 100 mil famílias para saber se querem participar da coleta seletiva”, detalhou o secretário.
Para o vereador Carlão, que falou em nome do presidente da Câmara Municipal, a ação da Semadur demonstra a preocupação da Prefeitura em garantir a saúde pública por meio da qualidade de vida da população com a coleta seletiva. “O programa mostra que o poder público municipal está cumprindo seu papel e dando o exemplo na questão do meio ambiente. Em breve, faremos parte de um seleto grupo de cidades que têm a preocupação de separar o lixo e contribuir com o meio ambiente”, considerou.
Fazendo coro às palavras do colega, o vereador João Rocha falou do orgulho que a população vai sentir quando o programa estiver disseminado e fizer parte da rotina das famílias. “A coleta seletiva existe no País há algum tempo e, Campo Grande aguardava por ações neste sentido. A Casa de Leis se coloca à disposição da Prefeitura para tornar o programa realidade, no que couber à Câmara na questão burocrática. Quando a separação do lixo for um hábito, quem mora aqui vai sentir orgulho de viver em uma cidade que demonstra cuidados com a higiene, com a organização que, também, vai resultar na geração de renda já que os resíduos recicláveis têm valor comercial”, ressaltou.
Durante a apresentação no plenário da Câmara, o secretário do Meio Ambiente contou que foram dois anos de estudo antes do projeto tornar-se oficial. Para definir as ações, foi preciso fazer um diagnóstico das regiões urbanas que determinou as prioridades para a execução dos trabalhos, que será desenvolvido em três frentes: destinação do material, logística e educação ambiental.
Atenta às explicações do Programa, a vereadora Rose fez questão de fazer uso da palavra para chamar atenção da população sobre a educação ambiental. “Qualquer programa desta natureza depende, principalmente, da conscientização de cada um de nós. A população precisa apostar na ideia e acreditar que, mesmo na próxima geração, teremos uma cidade com melhores condições ambientais para se viver. Isso é responsabilidade nossa, de cada cidadão, de fazer da separação do lixo um hábito dentro de nossas casas”, considerou.
Sobre a coleta seletiva – é um sistema de recolhimento diferenciado do lixo domiciliar e comercial que começa com a separação (na fonte de origem) dos diferentes componentes do material descartado pela população: lixos orgânico e seco.
Campo Grande produz, atualmente, cerca de 700 toneladas de lixo diariamente. Com a Coleta Seletiva implantada na cidade, grande parte deste material será encaminhada às indústrias recicladoras para ser aproveitada como matéria-prima para a confecção de novos produtos úteis ao consumo. Um dos resultados imediatos que serão verificados, com a execução do programa, é a diminuição na quantidade de lixo enviado para o novo aterro sanitário (entre 25% e 30%).
A iniciativa faz parte de uma Política Municipal de Resíduos Sólidos que se tornará lei (projeto de lei já encaminhado para a Câmara) e que terá o envolvimento de toda a sociedade.
Ação efetiva
A ação efetiva da coleta seletiva do lixo começa nos órgãos públicos municipais (secretarias e autarquias) que já se preparam para iniciar o programa com a participação dos servidores no recolhimento do material reciclável. A primeira etapa junto à comunidade será iniciada em julho, porta a porta, com os caminhões de coleta nas regiões do Carandá Bosque, Autonomista, Chácara Cachoeira, Vilas Boas, TV Morena, Santa Fé, São Lourenço, Vila Carlota e Bela Vista, atingindo 120 bairros e aproximadamente 3.200 residências.
O programa de coletiva seletiva de lixo está sustentado em três pilares: a destinação do lixo, a logística e a educação ambiental que vão se entrelaçar entre si em sua dinâmica. O programa está sem fase de implantação com os dois ecopontos, localizados nos bairros Jardim Bálsamo e São Conrado e com o Programa de Educação Ambiental em 10 escolas municipais que já fazem a coleta seletiva.
Rede de Recebimento
Para que o programa seja desenvolvido, foi criada a Rede de Recebimento do Programa de Coleta Seletiva, intitulada “Separar para Reciclar”, composta por entrepostos, ecopontos, os LEV’s, (Locais de Entrega Voluntária) e a UPL (Unidade de Processamento de Lixo) que vão alimentar toda a dinâmica da coleta seletiva.
Os entrepostos ou sucateiros são os estabelecimentos comerciais de pequeno e médio porte, situados em bairros mais afastados da área central da cidade. Atuam na compra de sucata em quantidades médias e repassam às empresas que atuam no ramo da reciclagem. Atualmente, 76 sucateiros já estão cadastrados pela Semadur e serão licenciados para participarem do programa.
Os Ecopontos são estações de entrega voluntária, dotados de infra-estrutura mínima e fazem a recepção do material reciclável, pesagem, prensagem, armazenagem e comércio. A Prefeitura já implantou dois Ecopontos que encontram-se em pleno funcionamento sendo eles: Ecoponto Bálsamo (Rua Araraquara com a rua do Topógrafo - Jardim Bálsamo, Região Urbana do Anhanduizinho) e Ecoponto São Conrado (Rua Furquim com Rua Campo Maior – Bairro São Conrado).
Os LEV´s são locais de entrega voluntária devidamente preparadas para receber pequenos volumes de lixo seco reciclável e situadas em instituições públicas ou privadas participantes voluntárias do Programa de Coleta Seletiva, tais como: supermercados, postos de combustíveis, farmacias, correios, entre outros.
A UPL (Unidade de Processamento de Lixo) é uma unidade destinada a recepção, triagem, tratamento ou reciclagem dos resíduos sólidos, em fase de construção próximo ao aterro sanitário, localizado na região do Dom Antônio Barbosa.
Com relação à Educação Ambiental, as escolas representam um aspecto indispensável nesse processo de sensibilização da população para a reciclagem. O objetivo central é o desenvolvimento da educação ambiental junto aos alunos matriculados na rede pública municipal, estadual e particular de ensino, no tocante à reciclagem de lixo. Essa ação já acontece em 10 escolas da Rede Municipal de Ensino.

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