sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Exposição do ídolo Bowie em São Paulo, imperdível!

Dica ótima de exposição para fãs de David Bowie, assim 

como eu, em São Paulo! Segue abaixo programação:


O V&A, um dos mais importantes museus do mundo na área de design, teve acesso sem precedentes ao The David Bowie Archive para criar esta exposição. Além de set lists, letras de músicas, manuscritos, instrumentos e desenhos, a mostra brasileira inclui 47 figurinos, trechos de filmes e shows ao vivo, videoclipes e fotografias. Organizada tematicamente, leva os visitantes a uma viagem por meio de inúmeros personagens de Bowie e performances lendárias, destacando suas influências artísticas e suas experiências com o surrealismo, o expressionismo alemão, a mímica e o teatro Kabuki.Entre os figurinos que compõem o inventário da mostra, estão peças do álbum Aladdin Sane, como o macacão assimétrico feito de vinil (Tokyo Pop) assinado por Kansai Yamamoto e a bota plataforma vermelha, ambos usados na turnê do álbum em 1973; o terno azul claro usado na gravação do curta feito para Life on Mars? e o conjunto de calça e jaqueta multicoloridos, de Freddie Burretti, feito para a turnê Ziggy Stardust. A produção fotográfica também traz interessante material, como a foto promocional feita para a banda The Kon-rads, quando Bowie tinha apenas 16 anos; uma colagem feita por Bowie a partir de stills do vídeo de The Man Who Fell to Earth; e outra imagem dele com o escritor William Burroughs, fotografados por Terry O’Neill, e colorida manualmente pelo cantor. A exposição coloca os visitantes dentro do processo criativo de Bowie e mostra como sua obra influenciou diversos movimentos artísticos. Ela apresenta o artista como um astuto observador da nossa sociedade, que sempre fez intervenções significativas na cultura, deixando um poderoso legado. 

Programação paralela
O museu prepara uma extensa e especial programação relacionada ao artista, incluindo todos os programas regulares do museu como a festa Green Sunset, oCinematographo e Estéreo MIS, e uma mostra com todos os filmes que Bowie participou. Informações detalhadas em breve.

Para complementar a exposição David Bowie, organizada pelo Victoria and Albert Museum de Londres, o MIS preparou uma divertida brincadeira para a edição brasileira. Durante o período em que a mostra estará em cartaz, o Museu convida os visitantes a participarem do Estúdio MIS, um karaokê exclusivo que o Museu montou para você cantar com seus amigos os grandes sucessos do cantor.
Livro David Bowie
O MIS é coeditor do livro David Bowie, que será lançado pela editora Cosac Naify. A publicação é uma tradução do livro original feito pelo V&A, em ocasião da exposição em Londres. O livro traça a carreira do artista desde a sua juventude nos subúrbios londrinos, suas influências e decisões, as descobertas durante as gravações dos primeiros álbuns, até tornar-se figura mundialmente aclamada, cuja obra provoca forte impacto na música e na arte de vanguarda do século XX de maneira geral.
Este é o primeiro livro produzido com acesso irrestrito ao The David Bowie Archive, o arquivo pessoal de Bowie com letras originais, trajes de espetáculos, materiais, fotos e objetos. Textos dos curadores do Victoria and Albert Museum sobre a influência de Bowie no mundo da moda, além de ensaios sobre música, cinema, a questão do gênero, entre outros, completam a edição. 
Sobre David Bowie
Nascido David Robert Jones, em Brixton no sul de Londres, em 8 de janeiro de 1947. Sua carreira na música já dura quase 50 anos e Bowie pode se orgulhar de seu sucesso comercial e com a crítica especializada. Ele é reconhecido por ser um dos mais audaciosos, influentes e criativos artistas do seu tempo. Autor e intérprete de hits como ‘Let´s Dance’, ‘Life on Mars?’ e “Heroes”, vendeu mais de 140 milhões de álbuns. Foi premiado diversas vezes, incluindo dois Grammys, dois British Awards, três MTV Video Music Awards e um Emmy. No cinema, participou de filmes que até hoje são ícones da cultura pop, como O homem que caiu na Terra (1976), Eu, Christiane F., 13 anos Drogada e Prostituída (1981) e Labirinto, A Magia do Tempo (1986). Em 2013 surpreendeu o público com o lançamento do álbum The Next Day, o primeiro trabalho depois de um hiato de 10 anos. 
Ingressos
Antecipados: (R$ 25) à venda a partir do dia 2 de janeiro pelo site www.ingressorapido.com.br e nas lojas Youcom de São Paulo*
Bilheteria: à venda a partir de 31 de janeiro na recepção do MIS R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia). Às terças-feiras a entrada no MIS é gratuita.
Estive pessoalmente esta terça no MIS e me surpreendi.
A fila estava enorme, talvez pelo fato de ser gratuita a entrada, mas de qualquer forma está muito bem montada a exposição.
Existem alguns momentos que parece que o Bowie está lá mesmo, principalmente num dos cantos onde você se vê numa espécie de varanda com espelhos por todos os lados enquanto ele canta de corpo inteiro. 
Uau! Demais! Muita coisa para ser vista, vestimentas, botas...a paixão de Bowie por Berlim, escritos dele e desenhos simplesmente maravilhosos.
Uma das coisas da exposição que mais me chamou atenção foi um cartão de natal enviado aos fãs que compraram um ingresso num dado momento de um show, desenho magnífico...muito bem feito e extremamente com o jeito Bowie de ser.
Enquanto caminhava ouvia com o fone entregue no início da exposição canções e também entrevistas, fala do próprio cantor.
Só indo mesmo pra saber.
Sinto apenas por não ter podido tirar fotos ou gravar vídeos, não entendo o motivo mas proibiram.
Enfim, espero que Bowie se anime com a quantidade de fãs que tem no Brasil e quem sabe pense em fazer um show por estas terras.
Vamos torcer!

Por Anna
SP: 11/02/2014

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Pré-projeto de Mestrado em Filosofia: O assassinato de Deus na visão de Nietzsche


O homem louco era a expressão velada da nova consciência que apontava para um vazio moral deixado paulatinamente pelo declínio religioso.
As coisas não possuem valor algum em si próprias; a falta de fé no sobrenatural era um reflexo distorcido  da nova maneira de se conceber o mundo.
“Agora o crime mais espantoso é blasfemar da Terra e dar mais valor às entranhas do insondável do que ao sentido da terra.” (Nietzsche, 2008, p.19)
Niilismo reativo –o cansaço dos menosprezadores representa neste contexto  o evento dramático na morte de Deus permanece inconsciente, abafada pela apatia dos que fingem que ainda creem em Deus, estes indivíduos são verdadeiros envenenadores.
Niilismo – destituição de valores supremos; falta o fim; falta a resposta ao por quê?
Tomar consciência do vazio deixado pela morte de Deus é a condição básica para reorganização do mundo nesta nova fase histórica.
A morte de Deus no contexto nietzschiano é sinônimo de “desorientação moral” que o mundo vivencia com o declínio do sagrado tradicional.
Para Heidegger a frase de Nietzsche “Deus está morto” não deve ser tomada como uma postura pessoal, ateia[...] A morte de Deus pode ser interpretada como desaparecimento da noção do além. Ela é a supressão da crença em outro mundo, transcedente ao nosso, este dualismo constitui um traço essencial e fundamental de nossa cultura. Esta depreciação do aqui e a valorização de um alhures podem se caracteriza naquilo que Nietzsche chamava de platonismo. (Simões, 2003, pp. 64-65)
Nietzsche usa o termo “Deus” quase sempre como um sinônimo de autoengano, uma espécie de obnubilação intelectual.
Quando a religião apontava para o além, como meta maior da nossa existência, isso era na verdade um atentado contra o lado forte da vida: Deus era uma bela máscara para o nada, no fundo outro nome dado a tudo que é fraco  e nos distancia da verdadeira vida.
Mas por que o homem aceitou durante tanto tempo esta terrível mentira sobre um ilusório além-mundo?
Nietzsche visa responder no campo da dualidade criada pela religião:
Que vantagens oferece a moral cristã?
R: Ela empresta ao homem um valor absoluto em contrapartida à sua pequenez e contingência na corrente do devir e do passar;
Serve aos advogados de Deus à medida que ele deixou ao mundo, apesar do sofrimento e do mal, o caráter de perfeição – computada aquela liberdade – o mal apareceu cheio de sentido;
Pôs um saber sobre os valores absolutos no homem e deu-lhe por consequente, justamente conhecimento adequado do mais importante;
Preveniu que o homem se desprezasse do conhecer;ela foi um meio de conservação.

Insumma: A moral foi o grande antídoto contra o niilismo prático e teorético. (Nietzsche, 2008, p.29)

Obs: Ainda redigindo e refletindo, trata-se apenas de um esboço o qual tenho passado noites a dentro refletindo e tentando implicar o quanto esta visão nietzschiana se faz presente de forma tão forte ainda nos dias de hoje.

Afinal até quando o homem irá responsabilizar-se pelos próprios atos e parar de culpar Deus por todos os seus descaminhos?

Por que criar tanta ilusão ao invés de correr atrás dos ideais?

(Pour Anna)